Por Juliana Akemi N. Majikina (da Redação)
Nestle, Unilever, Knorr, Hellmann’s e Yakulti são acusadas de testes em animais. Ativistas afirmam que os testes não foram para avaliar a segurança dos alimentos, mas para mostrar que seus produtos são saudáveis. A informação é do site Daily Mail.
Empresas de testes dos “super alimentos da moda” estão matando coelhos, leitões e camundongos, inclusive quando prenhes, injetando-nos bactérias mortais e os deixando sangrar até a morte.
Os testes envolvendo gigantes da indústria alimentícia, incluem a fabricante do KitKat Nestlé, Unilever – dona da PG Tips (marca de chás muito famosa) –, Knorr, Hellmann’s e Yakult, a produtora das bebidas probióticas.
As empresas alegam que usam animais “o mínimo possível” e que eles são tratados seguindo os mais altos padrões.
Mas os ativistas que descobriram detalhes dos experimentos, os quais vem ocorrendo nos últimos dois anos, alegam que a maioria dos testes realizados não foram para garantir a segurança dos alimentos. Ao invés disso, eles afirmam que os testes foram realizados para que as empresas pudessem mostrar que seus alimentos são saudáveis.
Os exemplos dados pela BUAV incluem o experimento da Unilever, no qual era fornecido extrato de chá Lipton aos leitões para verificar se era causada diarreia devido a bactéria estomacal Ecoli. Oito dos animais mais velhos morreram devido a uma severa diarreia em ao menos sete dos testes.
Em outro caso, também publicado em um jornal científico, os cientistas da Nestlé estavam investigando os benefícios da goji berries – uma fruta originária das montanhas do Tibete e rica em aminoácidos – ao alimentar camundongos um pó feito da polpa da fruta. Após isto, era injetado um ácido para produzir os sintomas de uma doença intestinal e os animais eram mortos e dissecados.
Em experimentos para se verificar a teoria de que as “bactérias amigáveis” encontradas nas bebidas probióticas da Yakult ajudam a reduzir os efeitos de uma má alimentação, camundongos sangraram até a morte após terem seus corações puncionados.
A Unilever também é acusada pela BUAV por testes envolvendo a Hoodia gordoni (CORR), um cacto espinhoso utilizado pelas tribos do deserto Kalahari para “enganar” o estômago, sendo assim um potencial supressor de apetite no mundo ocidental maníaco pelo controle do peso.
Para testar a segurança da utilização da planta durante a gestação, coelhas prenhas foram alimentadas com a substância e depois foram sacrificadas antes de estarem prontas para dar à luz.
A BUAV afirma que a obesidade deve ser combatida através de mudanças no estilo de vida, ao invés destas “soluções rápidas” de pílulas e suplementos. Outros produtos já no mercado, como chás ou iogurtes probióticos poderiam ser testados por pessoas que os consomem regularmente.
Um porta-voz disse: “Esse tipo de pesquisa não é apenas cruel como também desnecessário. Além de evitar o sofrimento de milhares de animais, estudos com seres humanos podem fornecer dados mais realísticos e relevantes para se assegurar os benefícios saudáveis dos alimentos.”
Dra. Katy Taylor, chefe de ciência da BUAV, comenta: “O público ficará chocado ao saber que estas marcas tão famosas e familiares estão envolvidas em repugnantes experimentos com animais. É inaceitável que os animais tenham que sofrer no esforço destas empresas criarem seus “alimentos saudáveis”. A BUAV pede que estas gigantes alimentícias parem de testar seus produtos e ingredientes em animais.”
Um porta-voz da Nestlé afirmou que um dos focos da empresa é a pesquisa de alimentos para ajudar pessoas doentes, incluindo as portadoras de doenças intestinais.
Ele ainda acrescentou: “A Nestlé não utiliza testes em animais para desenvolver alimentos e bebidas convencionais, como café, chá, cereal e chocolate. No entanto, experimentos em animais são criticamente importantes para o avanço da ciência da nutrição e saúde. Isto inclui alimentos medicamentosos que auxiliam pessoas portadoras de doenças crônicas e agudas.”
A Unilever diz que não testa seus chás ou bebidas com base de chá em animais. Quando testes são imprescindíveis devido à legislação para garantir a segurança alimentar, eles contratam serviços terceirizados e realizam o mínimo possível de testes.
A empresa alega ser “comprometida com a eliminação de testes em animais”.