A zoonose é transmitida entre humanos e animais, em ciclos de contágio. Edel explica que os lugares com baixo saneamento podem apresentar maior transmissão da giárdia, uma vez que os cistos são eliminados nas fezes de cães e humanos. “Ou locais com alta aglomeração de animais, que são os mais arriscados”, pontua.

Por afetar o sistema digestivo dos animais, o maior risco está na diarreia persistente, na desidratação e perda de peso. De acordo com o médico veterinário Francis Flosi, esses sintomas acabam comprometendo seriamente a saúde e o bem-estar geral do animal, especialmente em filhotes ou cães com sistema imunológico debilitado.

“A infecção também pode reduzir a capacidade do organismo de absorver nutrientes, levando a deficiências nutricionais a longo prazo”, adverte.

Outros sintomas comuns da doença incluem vômitos, perda de apetite, letargia e emagrecimento. Flosi alerta que, em casos mais leves, o animal pode apresentar apenas uma diarreia intermitente. “O que torna o diagnóstico mais difícil”, afirma. Os sinais precoces incluem mudanças no padrão das fezes e redução de energia.

Alguns cuidados são essenciais na prevenção da doença. É importante que o tutor evite ao máximo que o animal beba água contaminada. O médico veterinário Jean Schoingele, do Grupo Hospitalar Pet Support, sugere que o tutor mantenha a casa limpa, além de lavar os objetos pessoais do cão ou gato — como cobertas, cama, e tigelas — com certa frequência.

Flosi indica também que o tutor evite levar o animal doméstico para locais com alta densidade de cães.

Dessa forma, o animal não terá contato com animais que podem estar infectados. “Especialmente se houver histórico de giárdia no ambiente”, informa.

As consultas regulares ao veterinário são importantes na prevenção tanto da giárdia como de outras doenças. Levar o seu animal ao médico periodicamente pode ajudar na detecção precoce de diversas condições de saúde.

Como prevenir

Ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) orienta que os tutores mantenham os hábitos de higiene dos alimentos e das mãos, “bem como a limpeza do ambiente onde vivem os animais e onde costumam defecar”.

Não esqueça, ainda, de fazer o descarte apropriado das fezes dos animais durante os passeios.

Fonte: Metrópoles