Recentemente, cientistas apontaram que a região do Ártico tem registrado temperaturas recordes e o gelo marinho está cobrindo a menor área durante o inverno desde que os registros foram iniciados há mais de meio século.
A Divisão Antártica Australiana (AAD) informou que os últimos dados de satélite mostraram um total de 2,15 milhões de quilômetros quadrados ao redor do continente gelado no menor registro feito em Fevereiro durante o verão.
O registro mínimo ocorreu em Março de 2017 com uma leitura de 2,07 milhões de quilômetros quadrados, afirmou a AAD, que administra o programa da Antártida da Austrália.
Em 2017, a cobertura de gelo marinho no inverno também teve uma queda recorde com 18,05 milhões de quilômetros quadrados.
“Desde agosto de 2016, a cobertura do gelo marinho está muito abaixo da média em longo prazo”, declarou relator do Instituto de Meteorologia da Antártida, Phil Reid, em um comunicado.
“Em 2017, a extensão máxima do gelo marinho no inverno foi a segunda menor registrada com 18,05 milhões de quilômetros quadrados, seguindo os níveis recordes sucessivos em 2012, 2013 e 2014”, acrescentou.
Segundo Reid, as alterações foram uma “partida significativa” da tendência crescente global do gelo da Antártida, de cerca de 1,7% a cada década desde 1979.
Após alcançar seu nível mais baixo no verão, o gelo marinho – que se forma quando o oceano que envolve o continente congela – se reestrutura no outono e se expande pela Antártida, revela o Phys.
O cientista da AAD, Rob Massom, disse que os pesquisadores ainda tentam determinar o que impulsiona as mudanças e a variação na cobertura do gelo marinho e apontou que essa compreensão é uma prioridade alta.