Carla Strafacci
[email protected]
Há cerca de seis meses, cheguei em casa numa noite de sábado e encontrei todas as janelas da cobertura abertas, e, como fazia frio, meu marido estava assistindo TV todo enrolado em um edredon.
Obviamente perguntei por que ele havia deixado tudo escancarado uma vez que estava com frio. Ele me respondeu com uma pergunta: Você já viu o que tem no bar? Achei estranha a resposta e fui dar uma olhadinha. A principio não vi nada de diferente mas, ao me aproximar vi um visitante placidamente empoleirado ao lado da garrafa de Frangélico: um gavião carijó!
Estava calmo e quieto. A princípio achei que poderia estar machucado ou doente mas, ao me aproximar, ví que estava apenas descançando. Pudemos chegar bem perto e tiramos várias fotos.
Liguei para a Andrea Freixeda, uma amiga bióloga, e perguntei o que fazer. Sugeriu que deixássemos as janelas abertas para que pudesse sair quando estivesse pronto.
Resolvi deixar um pouco de água e carne moída num pratinho ao seu lado. Ele dormiu a noite toda, pela manhã comeu a carne, bebeu água e deixou uma “lembrancinha” no local.
De vez em quando ele ainda aparece ao lado da piscina, mas não voltou a entrar.