Passagens subterrâneas construídas à beira de estradas no Rio Grande do Sul têm ajudado animais como tamanduás, veados, lontras e gatos selvagens a evitar atropelamentos. E ainda geram imagens superfofas, como é possível ver no vídeo acima.
A iniciativa, liderada pelo Projeto Felinos do Pampa, em parceria com a Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do estado, usa passagens originalmente construídas para o escoamento de água para ajudar os bichos a se movimentarem pela região sem risco.
Porém, com a instituição da área de proteção no local, biólogos passaram a monitorar os animais que vivem no local. De acordo com a bióloga Bibiana Terra, que realiza levantamentos para o projeto, regiões ao redor da APA do Ibirapuitã concentram muitos atropelamentos de espécies de felinos como gato-mourisco, gato-maracajá, gato-do-mato-grande e gato-palheiro-pampeano.
“Essas regiões deveriam ser priorizadas para instalação de medidas de mitigação, principalmente cercas bloqueadoras do acesso a estrada, pois só assim podemos evitar os atropelamentos. As cercas, sempre que possível, devem estar associadas a passagens de fauna, pois assim os animais evitam chegar a estrada mas podem se movimentar livremente entre os lados da via”, explica.
As passagens subterrâneas foram adaptadas para facilitar a passagem dos animais, principalmente quando a passarela fica cheia d’água – com degraus em níveis mais altos, para evitar que a passagem seja interrompida. O local, à beira da BR-293, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Animais registrados:
- Gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi)
- Lontra (Lontra longicaudis)
- Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
- Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
- Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus)
- Veado-catingueiro (Subulo gouazoubira)
Fonte: g1