Entre cachorros e gatos, a preferência é pelos cães, segundo Cristiane Pontes Maia, membro da União Protetora dos Animais (Upac). A própria cientista social Aline Marques, 29, que hoje cria seis gatos, inicialmente tinha mais afinidade com os cães. “O primeiro gato que eu peguei foi em 2007, antes só tinha cachorro”, diz. De acordo com o veterinário Pericles Duarte Portela, os gatos também são abandonados com mais frequência, pois, como se reproduzem muito rápido, os tutores acabam jogando os filhotes nas ruas. “Uma gata pode ter, em média, três a quatro gestações por ano, com cerca de cinco filhotes cada uma”, explica.
Para evitar a rápida multiplicação de gatos, os criadores de felinos devem esterilizá-los o quanto antes. “Fica tudo mais fácil. Além do gato ficar estéril, ele fica bem mais maleável. O temperamento melhora, porque a taxa de hormônios sofre uma alteração”, afirma o veterinário. Aline Marques, criadora de seis gatos, considera os felinos carinhosos, inclusive um deles até atende pelo nome. “Sempre que eu chamo o Gatuno, meu primogênito, me atende”, ri. Para ela, a rejeição é maior quando os gatos são pretos. “O gato preto é o mais difícil de ser adotado. As pessoas aindam tem muita superstições”, completa.
Fonte: O POVO online