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Somos um pequeno grupo de voluntários, pequeno grupo mesmo, nos denominamos gatófilos anônimos. e atuamos como conseguimos com os poucos recursos que dispomos, pois não temos estrutura de grupo, nem ONG, nem de ajuda financeira, nem de ração, apenas coisas muito esporádicas.
Quando começou uma obra em Porto Alegre (RS), os gatos foram fechando o auditório aos poucos, ficou uma pequena abertura onde conseguíamos alimenta-los, mas eles fechavam aleatoriamente, muitas vezes antes dos finais de semana e feriados, tínhamos que procurar o pessoal da obra às pressas, mas eles não estavam se importando com isso.
Contatamos a prefeitura que se encarregou de acertar a situação, mas nada foi feito. Depois colocaram tapumes, fechando praticamente tudo, conseguimos retirar alguns animais e doa-los, outros levamos alguns para um sítio, mas não foi o suficiente, pois mais gatos apareceram. Uma armadilha foi colocada lá, um dos gatos ficou preso por muitas horas e nos avisaram do nada e de forma grosseira: “toma que o filho é de vocês!”
Eles querem se livrar o mais rápido possível dos animais, sendo que a prefeitura e outras ONGs dispõe estrutura para fazer algo mais concreto, mas nós não temos essa condição. Fecharam tudo, alguns gatos vivem em buracos externos, na lateral onde tem uma parede vasada, no telhado ou em árvores próximas. Alguns ficaram presos dentro mesmo, então teve que ser feita uma abertura as pressas para salvar esses animais, inclusive uma gata com seus filhotes. Infelizmente, a mãe morreu e os filhotes devem ainda estar por lá.
Muitos animais apareceram mortos nas proximidades, pois lá era o refúgio deles, inclusive eu mesma encontrei uma gata morta na chuva. Agora estão expandindo os tapumes, não sei mais o que será desses pobres animais. O pessoal da obra e a prefeitura alegam que não existem animais, mas sabemos que sim, temos até fotos, meio escuras, mas temos.
Na verdade, não sei o que fazer, o que não podemos é nos omitir, as pessoas devem saber que existem animais lá dentro, mas eles querem apenas tocar a obra, custe o que custar. Acho que no mínimo o que posso fazer é contar isso para o maior número de pessoas possíveis.
Contato: Letícia (51) 96165224 – [email protected]