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ESTUDO

Gatos sabem os nomes uns dos outros e também de seus tutores

16 de maio de 2022
Renata Turbiani
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação | Ative PET

Assim como os cães, os gatos podem reconhecer seus próprios nomes. Mas novas pesquisas mostram que esse feito vai além do que se imagina inicialmente: os gatinhos também são capazes de reconhecer os nomes de outros gatos com os quais estão familiarizados e até mesmo das pessoas que vivem com eles.

“O que descobrimos é surpreendente”, comentou Saho Takagi, pesquisador de Ciência Animal da Universidade de Azabu, no Japão. “Os gatos não parecem ouvir as conversas das pessoas, mas na verdade eles ouvem.”

De acordo com o portal Science Alert, Takagi e outros pesquisadores estudaram gatos que viviam com vários animais da mesma espécie em residências e nos chamados “cafés de gatos” (estabelecimentos comuns no Japão, onde há vários gatos e os clientes podem interagir com eles).

Nos testes, os especialistas apresentaram aos animais, em um computador, a imagem de um gato familiar, chamado de “gato modelo”. Enquanto a foto era exibida, uma gravação da voz do tutor dizia o nome deste “gato modelo” ou um nome diferente.

Ao longo da análise, a equipe descobriu que os gatos que moram em casas passaram mais tempo olhando para a tela quando um nome diferente era falado. A hipótese é a de que eles ficavam intrigados com a incompatibilidade entre o que viam e ouviam.

“Apenas os gatos domésticos anteciparam um rosto de gato específico ao ouvir seu nome, sugerindo que eles correspondiam ao nome do gato estímulo e ao indivíduo específico”, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado na revista Scientific Reports.

Gatos parecem saber os nomes dos seus humanos

Os pesquisadores realizaram ainda outro experimento com os animais. Neste, ao invés de apresentar imagens e nomes de gatos, eles utilizaram humanos como estímulo. Aos peludos foi mostrada uma imagem de uma pessoa com quem eles moravam e, ao mesmo tempo, o nome dela era falado ou então outro nome.

Desta vez, os gatos novamente pareciam olhar para a tela do computador por um pouco mais de tempo quando havia uma incompatibilidade entre a imagem e o nome, mas esse efeito tendia a ser maior em domicílios que tinham mais pessoas morando neles e também nos que o gato havia morado com a família por mais tempo.

“Nossa interpretação é que gatos que vivem com mais pessoas têm mais oportunidades de ouvir nomes sendo usados do que gatos que vivem com menos pessoas, e que viver com uma família por mais tempo aumenta essa experiência”, relataram os especialistas japoneses. “Em outras palavras, a frequência e o número de exposição aos estímulos podem tornar a associação nome-face mais provável”.

Embora os animais do estudo pareçam associar nomes e rostos (tanto para pessoas familiares quanto para outros gatos), os pesquisadores deixaram claro que ainda não entendem totalmente a forma definitiva como eles desenvolvem essa associação em seus ambientes de vida. Para isso, novas análises seriam necessárias.

Fonte: Época Negócios

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