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Gatos morrem envenenados em Maringá, PR

25 de abril de 2010
2 min. de leitura
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Foto: Arquivo Pessoal

O vigia Gaudêncio Gancedo Cavalhieri, 65 anos, descreve com detalhes o dia em que o gato de estimação da família, Finucho, foi visto pela última vez. “De manhã, ele comeu um pedaço de sardinha que estava na calçada. À tarde, foi tirar uma soneca na garagem, embaixo do carro, onde tinha o hábito de ficar.

Até que a noite, quando tiramos o carro da garagem, vimos que ele continuava lá, mas já estava morto.” Cavalhieri acredita que o gato foi envenenado e até tem um suspeito. Seria um morador do bairro que já declarou guerra aos felinos da região.

Finucho foi deixado no quintal da família há dois anos. Cavalhieri e a mulher, Marisa, adotaram-no. O animal recebeu esse nome porque quando foi encontrado pela família estava magro e maltratado. “A gente cuidou, levou no veterinário, alimentou e ele se transformou em um gatão bonito”, conta.

Diariamente, Finucho saía de casa e passeava pela quadra. “Ele não incomodava ninguém”, diz Cavalhieri. O gato apareceu morto na garagem no dia oito de abril. Inconformado, Cavalhieri pensou em confeccionar panfletos em busca do assassino e distribuí-los no Jardim Monte Carlo, em Maringá, onde mora.

Finucho era castrado, não incomodava os vizinhos e era dócil. “Por que a pessoa tem ódio dos animais?”, questiona. Agora, para Cavalhieri, restam a saudade e as lembranças. “O gatinho só faltava falar. Ele ficava no quintal me esperando chegar do trabalho e me acompanhava toda vez que ia ao mercado. Sinto muita falta dele.”

Finucho não foi o primeiro gato envenenado na casa da família. Outros três – Fuminho, Fumaça e Supimpa – foram mortos de maneira semelhante: adição de veneno em um pedaço de carne. “Lembro do Supimpa chegando na porta da cozinha passando muito mal e depois morrendo”, recorda o vigia, que mora há 21 anos no Jardim Monte Carlo.

Hoje, sem a presença de Finucho, é Lindinha, uma gata arisca com as visitas, Pitica, uma cadela vira-lata, e um canário, cuja gaiola fica nos fundos da casa, que fazem companhia a Cavalhieri, à mulher e ao filho Cristiano, que mora com o casal. Traumatizado, o vigia diz não querer mais animais de estimação em casa. Segundo ele, Lindinha só escapou do envenenamento porque raramente ousa atravessar o portão da residência.

Fonte: O Diário

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