Cerca de 15 gatos foram alvo de um envenenamento em massa na cidade de Nilópolis, no Rio de Janeiro. Os corpos dos animais foram encontrados em um terreno na região central do município, na rua Mário de Araújo.
O terreno, situado ao lado do estacionamento de uma rede de restaurantes, está em situação de abandono e tem sido utilizado como abrigo pelos gatos que foram abandonados nas redondezas. Comovidos com o sofrimento dos animais, moradores da região passaram a alimentá-los.
Apesar do cuidado que protetores de animais têm com os gatos, não foi possível salvar a vida deles. “É muito triste ver os animais mortos. Há filhotes que foram largados ali e a gente estava tentando uma forma de resgatá-los, mas não deu tempo. Foram envenenados”, afirmou ao portal Nilópolis Online uma protetora de animais que preferiu não ser identificada.
“Muito cruel e revoltante, principalmente por não vermos nenhuma atitude daqueles que são pagos com o dinheiro dos nossos impostos”, completou.
A esperança dos protetores de animais é de que imagens de câmeras de segurança da região ajudem a identificar o criminoso que matou os gatos. Caso seja julgado pela Justiça, ele poderá ser punido com até cinco anos de prisão.
Lei Sansão
Sancionada no final de 2020, uma nova lei de proteção animal aumentou a pena para crimes cometidos contra cachorros e gatos no Brasil. Antes, esses crimes eram punidos com, no máximo, um ano de detenção, pena que era convertida em alternativas como a prestação de serviços à comunidade.
A legislação recebeu o nome de “Lei Sansão” em homenagem ao pit bull Sansão, que foi brutalmente torturado em Minas Gerais, tendo as duas patas traseiras decepadas. Paraplégico, ele não apenas se recuperou e provou o quão forte é capaz de ser, como serviu de incentivo para a aprovação da lei.
Com o aumento da pena, os criminosos que submeterem cachorros e gatos a maus-tratos poderão ser presos por um período de dois a cinco anos. Eles também poderão ser punidos com multa e com a proibição de tutelar outros animais.
A medida, no entanto, não protege os animais de outras espécies, excluindo a fauna silvestre e animais que são explorados pela sociedade, como galos, porcos, bois e galinhas.
