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Gatos enfrentam o abandono e o descaso público em avenida de Fortaleza (CE)

18 de dezembro de 2011
2 min. de leitura
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Na avenida Sargento Hermínio, polo tem aglomeração de gatos abandonados. Algumas pessoas cuidam e outras agem com intolerância (Foto: Deivyson Teixeira)

Quem frequenta o Polo de Lazer da avenida Sargento Hermínio, em Fortaleza (CE) já sabe: os gatos fazem parte da paisagem. “Um dia desses, contei e deu quase 200 gatos”, informa o administrador Flávio Ferreira, 53.
Gato tem de todo tipo: preto, branco, rajado, olhos azuis, olhos escuros, pelo longo e curto. Muitos bonitos e saudáveis. Outros doentes. É fácil ver gatos com problemas de pele, olhos inflamados, cegos ou expelindo secreções purulentas. “Já solicitamos uma visita do Zoonoses, mas eles dizem que não têm condições de enviar equipes”, afirma Flávio.
Segundo os frequentadores do polo, uma mulher é responsável por dar ração, leite e água aos gatos. Foram construídas duas moradias improvisadas para os bichinhos. Uma lona preta foi armada a uma altura de, mais ou menos, meio metro. No chão foram espalhados jornais e partes de móveis velhos. Gavetas transformaram-se em camas.
A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Fortaleza, Evanisa Ventura, informa que o órgão faz visitas anuais aos pontos da cidade que concentram animais abandonados logo após a campanha de vacinação antirrábica.
Além de vacinar os animais, a equipe de zoonoses recolhe os que estiverem em estágio terminal de doença para serem sacrificados (eutanásia). “Não podemos recolher todos os animais, porque uma ordem judicial proíbe a eutanásia para os animais sadios”, lembra Evanisa. A Prefeitura de Fortaleza, em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece), desenvolve um projeto para esterilizar os animais e encaminhá-los para adoção.
Mais queixas
A falta de zelo com o polo de lazer da Sargento Hermínio também é alvo de queixa dos frequentadores. “Gosto de passear aqui, mas olha como ele está: todo sujo e degradado. Precisa de uma reforma urgente”, diz Alexandre. O administrador Flávio Ferreira acrescenta que as melhorias são reivindicadas há muito tempo e a Prefeitura de Fortaleza prometeu o início da reforma para outubro deste ano. “Até agora, nada”, indigna-se.
O taxista Hélio Paz, 41, trabalha no local há um ano e meio e é enfático: “Aqui não tem estrutura e segurança para a gente trabalhar”. O aposentado Jackson Moura, 60, pede a reativação de um posto da Guarda Municipal, que hoje está fechado.
Serviço:
Para informar pontos da Cidade com animais abandonados, ligue para Ouvidoria das Regionais. Cada uma tem um setor de Zoonoses:
Regional I: (85) 3433 6875
Regional II: (85) 3241 4802 / 4757
Regional III: (85) 3433 2519, 3433 2542 e 3488 3257
Regional IV: (85) 3433 2862
Regional V: (85) 3433 2929 e 3232 4366
Regional VI: (85) 3488 3124.
Com informações de O Povo Online

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