Na primeira ação de controle da população e manejo de fauna realizada em 2022, os gatos de Fernando de Noronha estão sendo castrados. O trabalho, que começou na segunda-feira (17), vai ser feito até sábado (22).
A expectativa é castrar 100 animais nesta etapa. Segundo os pesquisadores, a grande quantidade de gatos pode provocar danos ao meio ambiente e humanos.
A operação é o resultado de uma parceria firmada entra a Administração da Ilha, Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), organização não governamental Ampara Animal e o grupo Pet Noronha.
Os especialistas distribuíram 14 armadilhas pelos bairros. Os gatos são levados para o Núcleo Vigilância Animal (NVA), na Vila do Trinta, onde os felinos passam pelo procedimento de castração.
Os moradores também podem agendar uma visita da equipe pelo telefone (81) 99594-3224. Os profissionais recolhem o animal, fazem a cirurgia e entregam o gato na residência.
A veterinária da Ampara Animal Alessandra Benedetti realiza as castrações esta semana. “Nós fazemos o trabalho para controlar a procriação excessiva. É uma forma de equilibrar o número de gatos na ilha e evitar predação de outros animais”, declarou Alessandra
Segundo o ICMBio, os chamados gatos selvagens capturam aves terrestres e marinhas, entre outros animais, e podem causar um desequilíbrio ecológico.
O trabalho de controle dos gatos vem sendo realizado em parceria há três anos. “Nós estimamos que Noronha conta com cerca de 2.800 gatos. Já realizamos a castração de 1600 animais”, afirmou o veterinário da Administração de Fernando de Noronha, Alexandre Dutra.
O veterinário enfatizou que, além da predação de outros animais, os gatos também podem transmitir doenças para os seres humanos, como toxoplasmose.
Ao final da operação conjunta, a Administração da Ilha vai seguir com trabalho de castração com agendamento.
Fonte: G1