Zelia Cardoso
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Mais uma vez as voluntárias do Movimento Gatos da Redenção pedem socorro, em Porto Alegre (RS). Ontem, o “puxadinho” onde são abrigados os filhotes e gatos doentes foram alvos de vandalismo.
Já era uma ruim, com frio e chuva entrando por todos os lados, mas servia (na falta de coisa melhor) para abrigar os doentinhos e o material do grupo: pratos, caixas de transporte,ração e cestos onde os animais ficavam acomodados. Uma das cestas ficava dentro de uma gaiola bem alta. Nesta gaiola e dentro do cesto ficava um gato laranja, recém-abandonado. Este morreu com a coluna partida e com uma pata fraturada. A gaiola estava aberta e o cesto destruído, dentro e fora da gaiola.
Além dele, outro gato também foi morto de maneira covarde. Toda a ração de um pote grande (e fechado) sumiu e várias caixas de transporte foram danificadas.
O administrador do parque, Sr. Pinheiro acredita na ação de cães bravios e treinados para matar gatos, mas em visita ao local observei vasos de plantas destroçados e jogados no chão. Alvo típico de cães? Difícil, a menos que sejam cães que não gostem de plantas.
Vamos examinar a situação:
Se cães estão entrando dentro da administração do parque e matando os felinos que lá estão “abrigados”, estes animais são conduzidos por alguém, por uma vontade humana.
Que animais são estes, que abrem gaiolas muito altas? Cães não escolhem, por vontade própria, entrar num local totalmente cercado, quando tem outros alvos mais fáceis ao alcance dos dentes.
Não é a primeira vez que o material de trabalho das voluntárias é danificado, e note-se: só o delas. A administração do parque mantém ferramentas e artigos mais valiosos no mesmo ambiente e nada some. Este material está guardado sob cadeados, mas estes não são páreo para os “amigos do alheio”. Especialmente quando não há vigilância no local.
As voluntárias do Movimento estão cansadas de clamar pela vida desses animais. Além de trabalhar para castrá-los, amparar as ninhadas abandonadas, pagar o tratamento dos doentinhos do próprio bolso, organizar feiras de adoção para encaminhar de maneira correta estes animais e ainda brigar contra o abandono, agora vêem seu material destruído e seus protegidos mortos!
E não adianta os pessimistas dizerem que abandonam lá porque elas cuidam: os gatos são abandonados na Redenção há mais de 30 anos! E o MGR nem existia.
Assim como “seres humanos” abandonam gatos no Ibirapuera em SP, no Parcão (POA), em parques de Belo Horizonte, de Brasília e até do Amazonas.
É típico da falta de consciência do “ser humano”, tão desumano, tão podre e sem noção, que abandona animais, quebra orelhões e coloca fogo em containers de lixo. Mas abandonam crianças, vai esperar o que de criaturas com má índole.
Enfim, está na hora de dar um basta na matança, no boicote e no “fazer de conta que não sei o que está acontecendo”.
Com a criação da SEDA e, com nosso Prefeito Fortunati (e seu amor aos animais) encabeçando a Secretaria, temos certeza de que tais ações terão um fim.