EnglishEspañolPortuguês

GUERREIRO

Gato resgatado com parte da perna necrosada recebe prótese inovadora e é adotado por família em Santa Catarina

Depois de passar por amputação, Abomi ganhou uma endoprótese inédita no país e hoje inspira sua família ao enfrentar novos desafios de saúde com coragem e resiliência.

8 de setembro de 2025
Redação ANDA
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Arquivo pessoal

O gatinho Abomi carrega em sua trajetória uma história de dor, superação e muito afeto. Encontrado em estado crítico nas ruas de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, ele sobreviveu contra todas as expectativas, conquistou uma nova família e se tornou pioneiro em um procedimento ortopédico inovador.

Tudo começou quando Abomi foi localizado abandonado em um terreno baldio da cidade. Sua aparência debilitada e ferimentos graves preocuparam um morador, que acionou a ONG de proteção animal Bigodes e Ronrons para o resgate.

Encaminhado ao Hospital Veterinário Duhan Tamys, o gatinho estava extremamente magro, debilitado e com a pata esquerda traseira dilacerada e em estado de necrose avançado. A amputação do membro foi a única solução para salvar sua vida.

Foto: Arquivo pessoal

No entanto, a equipe veterinária optou por um caminho diferente da amputação tradicional. “Ao invés de optar pela amputação alta, onde todo o membro é retirado, nós escolhemos um caminho diferente, preservar o osso da tíbia e desenvolver algo inovador”, explicou o hospital em suas redes sociais.

Foi confeccionado um implante ortopédico único, uma endoprótese, com uma placa e parafusos fixados à tíbia, permitindo o encaixe de uma nova patinha artificial. Iniciou-se, assim, um longo e delicado processo de recuperação.

Foi nesse momento que a família Grümm/Mulhall entrou em cena. Anne Marie, Felipe e a filha Amélie conheceram Abomi através de uma publicação da ONG no Instagram, em outubro de 2024. A foto do gatinho tocou seus corações de forma especial. A família ainda vivia o luto pela recente perda de cinco gatos, Zion, sua mãe e três irmãos, para complicações da FeLV (leucemia felina).

“E aí eu mandei pro meu marido: ‘olha a cara desse gato’. E aí ele falou: ‘tu quer adotar?’. Eu respondi: ‘eu quero'”, relembra Anne Marie, advogada.  Ela deixa claro que Abomi não veio como um substituto, mas como um acalento em meio à dor.

Rapidamente, toda a família se apaixonou pelo gatinho. “Minha filha é apaixonada nele, ele é apaixonado nela. Ele dorme encostado com ela, dorme encostado no meu marido. E então a gente tem essa relação de pai e mãe de animal doméstico com ele”, conta a advogada.

Para eles, Abomi carrega um pouco da personalidade de cada um dos gatos que partiram, tornando-se uma fonte de carinho, admiração e orgulho. “Porque ele é extremamente forte”, define Anne.

Porém, novos desafios surgiram no caminho deste pequeno guerreiro. Após meses estável, Abomi voltou a ser internado no último mês. Foi diagnosticada uma infecção na pata que recebeu a prótese, e há a suspeita de um tumor no baço e de que ele seja FeLV positivo.

Apesar do quadro preocupante, a esperança permanece. Anne Marie tem fé na melhora de Abomi e o desejo de compartilhar sua história de superação com o mundo.

    Você viu?

    Ir para o topo