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RECOMEÇO

Gato recebe parte de crânio feito de titânio após retirada de tumor e volta a ser ativo

"Ele brinca como um filhote e corre pela como se tivesse descoberto que a vida é boa de novo", contou sua tutora

2 de outubro de 2024
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
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Foto: Maggie Gibb

Um gatinho chamado Henry volta a ser saudável e ativo após veterinários usarem um pedaço de crânio feito de titânio para ajudar a salvar sua vida. Aos sete anos de idade, o gato foi levado ao veterinário após sua tutora perceber que ele estava letárgico e não comia.

A equipe de neurologistas de um hospital veterinário em Bristol, na Inglaterra, descobriu que Henry estava tendo dificuldade para andar, sugerindo um possível problema cerebral. Ele foi colocado no scanner de ressonância magnética do hospital, que revelou uma grande massa pressionando seu cérebro.

Henry foi rapidamente levado para a cirurgia, onde uma equipe de cirurgiões e enfermeiros realizou uma craniotomia, a remoção cirúrgica de parte de seu crânio para extrair o tumor. Uma malha de titânio foi então utilizada para reconstruir a cabeça do gatinho.

A operação durou mais de duas horas e, após os resultados laboratoriais, foi confirmado que o tumor de Henry era benigno e seu prognóstico era positivo. Apenas dias após sua cirurgia bem-sucedida, ele já estava andando e se alimentado.

Seis meses depois, Henry voltou completamente ao seu antigo eu, com novos pelos crescendo em sua cabeça, tornando impossível perceber que ele havia passado pela cirurgia.

“A condição de Henry deve ter afetado seu bem-estar muito antes de seus sintomas aparecerem. Era tão sutil. Pensamos que ele estava apenas envelhecendo”, disse sua tutora, Maggie Gibb, em entrevista ao Bristol Post.

Foto: Maggie Gibb

Maggie contou que é como se Henry tivesse se tornado uma versão mais jovem de si mesmo. “Ele brinca como um filhote e corre pela como se tivesse descoberto que a vida é boa de novo”, explicou.

“Seu padrão de alimentação também mudou – ele come café da manhã pela manhã e termina sua refeição noturna antes de dormir. Não consigo colocar em palavras como me sinto por ele ter outra chance na vida, seja ela quanto tempo for”, acrescentou Maggie.

O Dr. Nicolas Granger, o cirurgião veterinário líder que coordenou a equipe, explicou que nesses casos, os gatos costumam apresentar sinais sutis que escapam à detecção dos tutores. Muitas vezes parece que estão apenas envelhecendo até que sua condição piore drasticamente.

“O aumento da pressão no cérebro é então tão grande que uma cirurgia de emergência é necessária. Com equipamentos adequados e equipes treinadas, tratar essa doença pode ser muito bem-sucedido e extremamente gratificante”, declarou o cirurgião.

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