Um gato que frequenta a Fatec Rubens Lara, em Santos, no litoral de São Paulo, foi encontrado a 10 quilômetros de distância de casa após desaparecer. Branco, que havia sumido no dia 8 de fevereiro, estava em um condomínio na Zona Noroeste da cidade, no bairro Aparecida.
A aposentada Cassia Elizabeth Asenjo encontrou o gato enquanto participava de uma confraternização. “Caiu um temporal e ele veio se refugiar embaixo da mesa. Todo molhado, assustado, tadinho. Miava muito e veio perto de mim”, contou ao G1.
A moradora do condomínio não sabia que uma mobilização estava sendo feita para localizar Branco, que só conseguiu voltar para casa devido à plaquinha de identificação que carrega na coleira.
De acordo com a empresária Fabiana Pimentel Rios Figueira, tutora do gato, ele está bem. “A gente acredita que ele foi no motor de um carro. Estou procurando um rastreador de GPS para colocar nele”, disse.
Branco, que frequente a universidade há nove anos, ficou conhecido como o gato estudante. Ele fugiu após brigar com um cachorro. Após a briga, ele se escondeu embaixo de um carro no estacionamento da Fatec e, em seguida, desapareceu.
“A última pessoa a vê-lo foi o nosso vigilante. Ele disse que alguém passou com um cachorro por dentro do campus, para cortar caminho até a praia, e o cachorro viu o Branco e, instintivamente, foi para cima. O vigilante disse que o cachorro se soltou da coleira e ele e o Branco brigaram. Depois da confusão, a tutora pegou o cachorro dela e levou pra casa. O Branco ficou lá machucado”, relatou Andressa Serpa, que trabalha na secretaria da universidade.
De acordo com a tutora de Branco, ele vai continuar indo à Fatec. Fabiana conta que o gato circula livremente pelos corredores e salas de aula do local durante o dia e vai para casa descansar à noite.
“Lá ele fica dentro da secretaria, das salas de aula. Todo mundo o conhece, trata bem”, concluiu.
Nota da Redação: a ANDA recomenda que tutores de animais não deixem que eles tenham acesso à rua sozinhos. No caso dos gatos, é necessário que telas sejam colocadas em janelas ou no quintal para impedir que eles saiam de casa. Passeios devem ser feitos apenas na companhia dos tutores. Isso porque, na rua, esses animais correm o risco de desaparecer e, assim, passar fome, sede e frio, de se machucar – tanto em brigas com outros animais, quanto ao serem agredidos por humanos -, e também podem ser atropelados, envenenados, contrair doenças – algumas graves e até fatais -, e procriar, caso não sejam castrados, colaborando para o aumento do abandono com a possibilidade de nascimento de mais filhotes na rua.