Silvia Garwood
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O Tony é um gatinho muito especial. Além de guerreiro, ele é um sobrevivente. Sua mãe gata deu a luz perto de cachorros grandes e pelo stress que sofreu, acabou comendo os filhotes, sobrando apenas o Tony. Pouco tempo depois, Tony ficou órfão.
Com 2 dias de vida e sem ter como mamar, ele veio para uma ONG de proteção animal, onde sou voluntaria, ser amamentado. Com o tempo, foram percebendo que o Tony não era um gatinho como os outros e descobriu-se que ele tem uma condição rara chamada ossos de vidro, onde ele acaba por quebrar os ossos espontaneamente. São ossos mais fracos, com dificuldade de absorção de cálcio. Então, com 10 dias de vida, Tony já tinha oito fraturas nas quatro patinhas.
Ele veio para a minha casa com 2 meses para continuar o tratamento como lar temporário mas, em pouco tempo, já tínhamos nos apaixonado por ele e ele logo se tornou um membro da família. Não se sabia se ele um dia iria conseguir andar. Se uma cirurgia seria possível e se ela resolveria alguma coisa.
O que se sabia era que sem a cirurgia, ele não conseguiria nunca se apoiar nas patas e andar, ainda que diferente dos outros. Começamos então a pesquisar sobre o assunto. Iniciamos fisioterapia em casa todos os dias, estimulando as patinhas com escova de dente, imobilizando as patinhas da frente retas para acostumar na posição de andar, dando brinquedos que estimulassem os membros e levando ele para a acupuntura. E o que aconteceu depois de 6 meses, surpreendeu ate os veterinários que chegaram a conclusão de que ele pode nem precisasse mais operar.
O Tony é um gatinho muito amado, muito feliz. Ensina a todos uma lição todos os dias. Pelo seu jeitinho diferente de andar quando bebe, ganhou o apelido de foquinha dos seus fãs no Facebook. E desde então, Tony Foquinha continua a encantar todo o mundo.