Uma das sete vidas do gato Fubá, de 3 anos, mascote de um prédio da rua Almirante Guilhem, no Leblon, está nas mãos dos veterinários da clínica INPA, em Copacabana. O bichano foi atropelado na garagem uma hora antes do duelo entre Brasil e Costa do Marfim, no domingo. Comovidos, os moradores já arrecadaram R$ 2 mil para custear o tratamento de Fubá.
O animal passou por uma cirurgia para reconstituir uma fratura na mandíbula. O gato também corre o risco de ficar cego, já que, segundo os moradores, as rodas do veículo teriam atingido a face dele. O agressor, que não prestou socorro, ainda não foi identificado pelos moradores. Mas a suspeita é de que o autor da maldade tenha sido um visitante. A apuração do “crime” se torna difícil porque o prédio não conta com câmeras de monitoramento.
De acordo com a veterinária Marcela Gonçalves, o quadro do animal é estável, mas inspira cuidados já que ele está impedido de comer devido aos ferimentos na boca:
“O perigo agora é que ele fique desnutrido. Mas vamos passar uma sonda esofágica, tanto para alimentação, quanto para administração de medicamentos.”
A situação do animal causou comoção entre os moradores do prédio. Nos corredores do edifício o assunto do momento é o estado de saúde do bicho. Para ajudar o tutor do gato, o garagista João Andrade, o João Bola, a custear as despesas hospitalares, foi criada uma campanha de arrecadação no condomínio, com direito a panfletos espalhados por quadros de avisos e elevadores. O custo de internação, cirurgia e medicamentos passa de R$ 1, 5 mil. Até esta quinta-feira, a caixinha do gato já havia arrecadado mais de R$ 2 mil. Um dos benfeitores ficou tão sensibilizado que contribuiu com R$ 400.
Fubá já foi alvo de uma polêmica no prédio durante o ano passado. Uma moradora tentou expulsá-lo, mas um abaixo-assinado com cerca de 100 assinaturas garantiu a permanência do animal no edifício.
Fonte: O Globo