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APOIO EMOCIONAL

Gato ajuda tutor a fazer amizades em sua vizinhança na Austrália 

“O gato mudou minha vida”, disse uma moradora que se sentia muito sozinha 

7 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Jessica Hromas/The Guardian

Um simples cochilo de um gato na casa de uma vizinha mudou para melhor as relações de uma vizinhança em Sydney, na Austrália. Moradores dizem que ele criou um senso de lar que se expande bem além de uma casa.

Quando se mudou para o bairro, Mike Hohnen, que tinha 28 anos na época do ocorrido, acreditava que viveria isolado no bairro, apenas interagindo com seu gato, Bootsy. “Planejava construir uma vida de solidão. Agora que sair de casa exigia uma preparação médica mínima, decidi que era muito mais fácil simplesmente não sair”, declarou ele em seu texto para o The Guardian.

Enid Morrison por outro lado, vive na mesma vizinhança há mais de 60 anos, mas também se sentia sozinha, sem muitos amigos no bairro.

Mas tudo mudou quando Enid ligou para Mike dizendo que Bootsy estava dormindo em uma cadeira da varanda dos fundos e era mais do que bem-vindo para ficar o tempo que quisesse. “O gato mudou minha vida”, declarou Morrison.

Já se passaram quatro anos desde a ligação e hoje em dia Bootsy se dirige à casa de Enid na maioria das manhãs quando Mike sai para trabalhar, voltando à tarde antes de ser trancado durante a noite. Suas idas e vindas se tornaram parte do dia da moradora.

As rápidas visitas de Mike para buscar Bootsy se transformaram em longas conversas, pontuadas por bate-papos na calçada ao longo do dia. Os vizinhos se tornaram amigos.

De acordo com Hohnen, Enid não é a única amizade que ele fez através de Bootsy no bairro, visto que o gato é muito popular. “Agora, quando saio, deixo meus fones de ouvido em casa na esperança de encontrar meus vizinhos. Porque Enid não é a única a ter se apaixonado pelo charme de Bootsy, nem a única pessoa que ele trouxe para minha vida. E eu não sou a única pessoa que ele trouxe para a vida dela”, contou.

Enquanto Bootsy pacientemente caminha ao lado de Enid pela rua, vizinhos param para um rápido olá. Pouco a pouco, as andanças do gato fizeram com que ela fosse mais aberta com os outros. “Eu me tornei disponível para ser gostada”, explicou Morrison. “Eu não conseguia receber isso antes.”

Sara Horn, a vizinha ao lado de Enid, lembra-se da chegada de Bootsy à área. “Eu saía e lá estava esse lindo gato malhado, se jogando, querendo carinho.” Sara também se lembra de um homem de capuz e tatuado, Mike, indo e vindo da casa de sua vizinha. “Eu pensei, que ótimo é isso? Eles eram completamente opostos”, disse ela.

Bootsy não é mais um gato jovem e suas visitas a Enid podem precisar ser supervisionadas. Mas para essas pessoas seu trabalho está feito. Ele mostrou a todos o caminho para a comunidade.

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