O telefone da Vigilância Sanitária de Biguaçu não parou de tocar e, até o fim da tarde da última quinta-feira, 10 pessoas já haviam se cadastrado, interessadas em adotar um dos 48 gatos do aposentado Hélio de Freitas, de 82 anos (saiba como deixar seu nome na lista).
Ele foi internado depois de ter sido atacado por um dos bichanos e não ter procurado tratamento. A Vigilância Sanitária visitou a casa do aposentado e acredita que colocar os animaizinhos para adoção é a melhor alternativa.
O Ministério Público deu autonomia à prefeitura para tratar livremente do caso, por considerar que se trata de uma questão de saúde pública. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde aguarda os documentos oficiais do MP para começar a definir os detalhes como, por exemplo, se todos os gatos serão adotados ou se alguns permanecerão com Hélio.
Gatos só reagem se forem ameaçados
A agressão que o aposentado sofreu é uma exceção em meio a dezenas de outros casos de pessoas que têm gatos convivendo junto à família. O presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado, Geraldo Bach, afirma que é possível, sim, ter muitos gatos em casa e viver em intensa harmonia com eles, sem nenhum risco de agressão. A única regra é: o animal vai reagir sempre da mesma forma com que é tratado.
“O gato não é traiçoeiro, nem agressivo. Mas ele se defende se for provocado, como faria qualquer outro ser humano. E, claro, caso ele se sinta preso ou encurralado também irá reagir de todas as maneiras para se livrar da situação”, explica.
Por isso, é importante que os gatos — ou qualquer outro animal — circulem livres pela casa. A única recomendação que Bach dá é a de levar os animais ao veterinário a cada três meses e vaciná-los.
Fonte: Blog Mascotes