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Gata resgatada em penitenciária de Getulina (SP) recebe nome e é acolhida

16 de junho de 2013
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Após ter celulares presos ao corpo por uma fita adesiva para serem entregues a detentos, a gata recebeu nome e abrigo em ONG de Lins. (Foto: ONG Refúgio Pet/Divulgação)
Após ter celulares presos ao corpo por uma fita adesiva para serem entregues a detentos, a gata recebeu nome e abrigo em ONG de Lins. (Foto: ONG Refúgio Pet/Divulgação)

A ONG Refúgio Pet abrigou a gata resgatada da Penitenciária Osíris Souza e Silva, em Getulina (SP), com três celulares presos ao corpo com uma fita adesiva. O animal, de 2 anos, foi encaminhado na quarta-feira (12) para receber tratamento em uma clínica veterinária de Lins. Ela recebeu o nome de “Penny”.

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) divulgou fotos de uma gatinha capturada na noite de terça-feira (11), por agentes da penitenciária de Getulina.

A gata era usada para levar os aparelhos aos detentos, no interior do presídio. Ela se aproximava de uma das entradas da unidade, caminhando com dificuldade devido ao peso dos aparelhos, quando foi vista por agentes, que conseguiram atraí-la oferecendo alimentos e puderam capturá-la.

De acordo com a SAP, a direção do presídio já investigava denúncia de que detentos iriam usar animais domésticos para introduzir celulares na unidades. Segundo a secretaria, esta é a primeira vez que um gato é usado para “infiltrar” celulares em penitenciárias do Estado de São Paulo.

A presidente da ONG Refúgio Pet, Denise Lima, explicou ontem que o animal chegou bem agitado e miando muito. “As tetas estavam cheia de leite, provavelmente deixou filhotes para trás. Essa agitação deve ser por sentir falta dos filhotes”.

Na clínica, a pelagem da gata teve que ser raspada para remover a cola da fita adesiva. “Teve que aplicar sedativo para ela se alimentar. O veterinário também receitou medicamento para secar o leite. A gata está em um lar temporário, vai ser castrada e encaminhada para adoção”, declarou.

Denise disse que a gata estava sendo treinada pelas características dela: muito mansa. “O gato é meio arisco quando não conhece. Ela não é. Pelos que os agentes falaram, foi colocada ali com fome. Alguém ia por alguma isca para chamá-la para dentro do presídio”, declarou.

É o segundo gato que a ONG acolhe da mesma penitenciária. A outra foi a gata “Flor”, que vivia dentro do presídio. “Também estava prenha e bem gorda”, conta a dirigente da ONG.

Um procedimento administrativo foi aberto pela administração do presídio para apurar se algum preso tem ligação com o uso do animal para este fim.

Fonte: JcNet

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