A gatinha Eva, que ficou cega depois de ser mergulhada em cimento, está grávida. A história dela viralizou no último sábado (19), quando foi feita a denúncia deos maus-tratos no Parque Amazônia, na capital de Goiás, que alcançou mais de dezoito mil compartilhamentos no Twitter.
‘Recebemos esse pedido de ajuda e nos informaram que jogaram cimento nela. O caso é bastante grave, se ela não for socorrida, vai morrer’, escreveu o grupo Protetores de Animais nas redes sociais.
Na terça-feira (22), Eva passou por um ultrassom que constatou o início de uma gravidez.
“Provavelmente ela estava procurando comida na hora da tragédia com o concreto. Ela está fraca e vai precisar de todo suporte nesta gestação”, comunicou o grupo.
Assim que foi resgatada, a gatinha nem se mexia por conta do cimento. A grande quantidade de concreto fez inclusive com que a ONG confundisse o sexo do animal. Nesta terça-feira, após terminarem o processo de limpeza da barriga da gata, descobriram que ‘Dengo’, nome masculino primeiramente dado, era na verdade fêmea. A gatinha ganhou então o nome de Eva.
A organização recebeu o pedido de ajuda de um morador que encontrou a gata em estado grave. Em seguida, os agentes resgataram Eva e a acolheram mesmo sem verba para custear o tratamento. Com a repercussão do caso, muitas pessoas se solidarizaram e a campanha coletiva já arrecadou mais de R$ 11 mil reais.
“Fizemos essa vaquinha para ajudar nas despesas. Infelizmente quem fez isso, além de ter causado um sofrimento enorme para a gatinha, ainda a deixou cega. Ela tem cimento por todo seu corpinho, está muito fraca, totalmente desidratada. Só a diária dela custa 150 reais, por favor ajudem, doem qualquer valor”, pediram os voluntários da ONG.
De acordo com ONG, a cegueira é recente e foi causada por uma lesão. ‘Não foi um acidente’, afirmaram. Os protetores de animais ainda não sabem dizer se o caso é reversível.
“Eva passou mais uma noite estável e hoje será consultada por um oftalmologista para ver as possibilidades de tratamento dos olhinhos dela, que ficaram ulcerados após o ocorrido, deixando ela totalmente cega”, informou a associação ontem (23).
O processo de remoção do concreto ainda não foi finalizado. Apesar da crueldade do crime, Eva está com a saúde estável, consegue se alimentar sozinha e não teve a audição afetada.
A ONG informou que não tem informações sobre quem jogou cimento na gata. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás, a queixa-crime não foi registrada até o momento.