A gatinha Salami, além de sofrer com o preconceito devido à sua pelagem preta, também precisava sobreviver as riscos de morar nas ruas. Felizmente, ela conheceu a pintora e artista Ida Floreak, que também tinha um gatinho. Salami percebeu que ali era um local e seguro e acolhedor e passou a visitá-los com frequência.

Ida percebeu a gatinha não tinha um lar e passou a oferecer água e comida diariamente. Salami se alimentava, recebia carinho e partia. A gatinha preta parecia muito interessada no gatinho de Ida. “Definitivamente estava claro que ela estava aqui para vê-lo – o que era doce”, disse a artista.

Salami visitava os novos amigos diariamente e Ida percebeu que sua barriga estava cada vez maior. A gatinha estava grávida. Ela começou a passar ainda mais tempo na casa da artista e se tonar cada vez mais mansa, aceitando, inclusive, ser escovada e acarinhada sem sentir nenhum medo.

Em então aconteceu. Salami apareceu mais cedo que o habitual na casa de Ida no início de abril. Era apenas 5h da manhã e a gatinha miava insistentemente pedindo para entrar. A artista sabia que algo estava errado e a deixou entrar. Por volta de 8h da manhã daquele dia ela entrou em trabalho de parto.

Ida pegou cobertores e preparou um lugar aconchegante para que a gatinha desse à luz. Inicialmente dois filhotes nasceram. Salami não precisava de ajuda, ela sabia exatamente o que fazer. Algumas horas depois, a gatinha deu à luz a mais dois bebês. Todos perfeitos e saudáveis.

A artista afirma que acolher Salami e testemunhar o nascimento dos gatinhos foi uma “experiencia verdadeiramente intensa”. Com Nova Orleans em quarentena, Salami e seus filhotes receberam a atenção de Floreak por dois meses. “Ela é uma mãe incrível. Ela é super atenciosa e doce”, disse Ida.

Ela encontrou casas amorosas para todos os quatro gatinhos, mas Salami está com ela. Depois de tudo o que eles passaram juntos, não havia outra escolha. O gato de Floreak parece ter se acostumado com o “novo normal”, mas não vê a hora de os gatinhos irem para suas novas casas. “Ele meio que sente falta da casa e não está acostumado com os gatinhos”, conclui Ida.”

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