Em menos de um mês, mais um animal foi atingido por uma bala de chumbinho em Jaraguá do Sul (SC). Chusma, uma gata de rua, adotada pela família Lemus, voltou para casa sangrando no dia 27 de agosto. No fim de agosto, um cão foi vítima dos mesmos maus-tratos.

Pouco mais de uma semana depois do acidente com a gata, os tutores resolveram fazer um alerta para as pessoas que têm animais na Ilha da Figueira, bairro onde moram.

Segundo Gina Orellana Lemus, 53 anos, desde que vive no local, há 22 anos, atos de envenenamentos vez ou outra acontecem na localidade. “Mas atirar no animal, eu ainda não tinha visto. Eu penso que se tem alguma coisa contra, ou atrapalhando, vem e comunica, não precisa maltratar o animal.”

Chusma foi atingida no tórax. Mas para Gina, aparentemente, a intenção era acertar o coração do animal. “Demoramos para perceber que foi chumbinho.” A família imagina que a gata foi baleada na noite de sábado. “Ela chegou em casa sangrando e deitou na cama. Quando meu marido chegou em casa, viu e me chamou”, explica.

Como costumam dar remédio para a gata não engravidar, desconfiaram que fosse um aborto e foram ao veterinário. O animal passou por uma cirurgia apenas no outro dia, depois que perceberam que se tratava de tiro de chumbinho. A bala chegou a atingir o pulmão da gata, que agora passa bem e está em casa.

Além de Chusma, a família tem mais 11 gatos. Há dois anos, Gina e o marido acabaram ficando com o animal depois que ele teve a primeira cria dentro do terreno deles. “Estou com medo de deixar os gatos saírem de casa”, lamenta Lemus. “Nós sempre cuidamos para não incomodar os vizinhos”, completa.

A família pretende entrar em contato com a Associação Jaraguaense Protetora dos Animais (Ajapra) para saber como proceder.

Nesses casos, a entidade recomenda que o tutor do animal vá até a delegacia e faça um boletim de ocorrência. Conforme informações da Polícia Civil, o documento é necessário para cassos previstos na lei 9.605 de crimes ambientais sobre maus-tratos aos animais.

Fonte: A Notícia