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INCLUSÃO

Gata é adotada por empresa e vira funcionária destaque no interior de SP: 'Tem voz nas reuniões'

Unidade de ensino adotou gatinha que foi resgatada da rua com apenas 25 dias de vida. Entre um banho de sol e pedidos de carinhos na recepção, Hashi circula pelo local e não tem medo nem da chefe na hora tirar um cochilo quando necessário.

30 de agosto de 2022
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A gata Hashi, de apenas um ano, foi resgatada em situação de rua com apenas 25 dias de vida — Foto: Thaís Villa/Arquivo Pessoal

Uma unidade de ensino em Bauru, no interior de São Paulo, conta com uma funcionária um tanto quanto diferente. A gata Hashi, de  um ano, vem se destacando na equipe e se tornou um verdadeiro xodó dos colaboradores e clientes.

Em meio a cochilos da tarde, bolas de pelo e muita preguiça após o horário do almoço, a gatinha cumpre bem o seu papel no dia a dia, que exige nada mais do que apenas receber bons carinhos das pessoas que frequentam o lugar.

Aliás, de acordo com Thaís Villa, diretora da empresa e uma das responsáveis pela “contratação” de Hashi, a ideia da adoção nasceu justamente pelo carinho dos funcionários por gatos.

“Algumas pessoas da equipe tinham gatos em casa, então falar sobre eles era um assunto recorrente na empresa”, conta.

A ideia era deixar a gatinha Hashi somente no quintal da empresa — Foto: Thaís Villa/Arquivo Pessoal

O desejo logo virou realidade quando um dos clientes comentou na recepção que tinha uma ONG de resgate de gatos, e que tinha muitos filhotes para doação.

“Neste momento, três funcionários que estavam na recepção tomaram a decisão e fizeram um pacto que iriam adotar um gatinho e cuidar dele. Pedimos para essa cliente trazer um dos gatinhos, não importando a cor nem o sexo”, relembra Thaís.

Uma semana depois, lá estava a gatinha, que havia sido resgatada da rua com apenas 25 dias de vida. Assim como todos os funcionários, antes de iniciar na empresa, ela precisou passar pelo “exame admissional”. No caso, por um tratamento veterinário.

“Fizemos tratamento anti pulgas e demos as vacinas. Ela tinha alguns fungos típicos de animais em situação de rua, mas com o tratamento ela ficou apta para a convivência saudável com os funcionários e com os clientes”, conta a diretora do local.

Sem identidade, os colaboradores se organizaram, juntos aos clientes, para escolher o nome da nova funcionária. A decisão foi dar à gatinha o nome de um jogo utilizado na unidade de ensino.

“Hashi é o nome de um jogo japonês de raciocínio lógico que estávamos trabalhando com os clientes durante o mês que a adotamos”, revela Thaís.

Hashi adora pedir carinho aos funcionários da empresa — Foto: Thaís Villa/Arquivo Pessoal

Com a identidade em mãos e crachá no pescoço, Hashi ganhou sinal verde para fazer amizade com a turma do trabalho. Se a ideia, a princípio, era deixá-la somente no quintal da unidade, logo a proatividade a fez subir de cargo e posição dentro da empresa.

“Os clientes começaram a chamá-la para entrar na unidade ou abrir as janelas para que ela pudesse entrar, sendo assim, ela virou uma figura presente na recepção. Como nossos clientes são recorrentes e frequentam a escola semanalmente, todos conhecem a gatinha e convivem com ela todas as semanas”, diz Thaís.

Para cuidar da Hashi, os funcionários organizam uma escala na qual cada um é responsável pelos cuidados de higiene e alimentação da gata ao longo da semana. Segundo Thaís, todos os voluntários participam, mas o envolvimento com os cuidados não é obrigatório.

Apesar disso, o bom desempenho de Hashi vem atraindo até mesmo quem achava que não gostava de gato.

“No ambiente de trabalho percebemos que ela alegra o ambiente, faz companhia para quem está passando por algum problema pessoal, dá carinho e abraços de gato em todos. Inclusive, alguns funcionários que nunca tinham convivido com gatos ou achavam que não gostavam de gatos, hoje são grudados com ela”, revela.

Entre um banho de sol e pedidos de carinhos na recepção, Hashi circula pelo local e não tem medo nem da chefe na hora tirar um cochilo quando necessário.

“Quando ela está dormindo no quintal ou tomando sol, temos que chamá-la para ‘seu trabalho’, mas ela não tem vergonha nenhuma de dormir ou pedir carinho a qualquer hora”, diz Thaís em tom de brincadeira.

Gatinha costuma tirar cochilo durante o horário de almoço dos funcionários — Foto: Thaís Villa/Arquivo Pessoal

Como qualquer funcionário, às vezes Hashi comete alguns deslizes no trabalho, mas nada que atrapalhe a sua influência. Segundo a diretora, ela tem voz até na escolha de novos membros para a equipe.

“Ela faz umas trapalhadas às vezes, como passar por cima do teclado. Inclusive, já mandou algumas mensagens de WhatsApp por engano. Apesar disso, ela participa do nosso processo seletivo e tem voz nas reuniões. Observamos como a Hashi interage com os candidatos”, revela.

Feliz com o desempenho da funcionária, a diretora Thaís aprovou o “período de experiência” e recomenda que mais empresas busquem um animal doméstico para o local de trabalho, mas destaca a importância do compromisso.

“Antes de tudo, é preciso ter comprometimento. Mas super recomendo a adoção. Serve para unir os funcionários, alegrar os clientes, dar carinho e virar assunto quebra gelo quando entra um cliente novo”, indica Thaís.

Segundo os tutores, Hashi gosta de estar ao lado dos funcionários durante o trabalho — Foto: Thaís Villa/Arquivo Pessoal

 

Fonte: G1

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