Pouco mais de um mês depois de ser apreendida com celulares colados ao corpo na porta de uma penitenciária em Getulina (SP), a gatinha que recebeu o nome de Penny foi adotada por uma moradora de Campinas (SP). Priscila Gonçalves viu a matéria da apreensão do animal na TV e desde então demonstrou o interesse em adotá-la. Após a apreensão, a gata, que teve parte dos pelos da barriga raspados por causa da cola da fita adesiva que prendia os aparelhos celulares, foi encaminhada para cuidados na ONG Refúgio PET em Lins (SP).
“Eu nem me dei conta que a gatinha estava em Lins, quando vi a notícia me sensibilizei com a situação dela e fui procurar informações sobre a ONG e disse que gostaria de adotá-la”, conta
Priscila. Antes da adoção, a gatinha ficou em um lar temporário, com voluntários da ONG.
“Na casa, ela recebeu todos os cuidados necessários como medicação para secar o leite, nós verificamos que quando a Penny foi apreendida ela deveria estar amamentando filhotes que ficaram para trás, cuidados com os ferimentos na barriga por causa da cola da fita adesiva e também foi castrada”, ressalta a presidente da ONG, Denise de Carvalho Lima.
Após esses cuidados, a gatinha pode ser entregue a nova tutora, que foi buscá-la no último sábado (20) após viajar quatro horas. “Fui eu e a minha mãe buscá-la, no total deu oito horas de estrada, fomos e voltamos no mesmo dia, mas, não importa a distância. Eu realmente me comovi com a história da Penny e resolvi que queria cuidar dela”, destaca Priscila.
A gatinha vai fazer companhia para os outros animais da família de Priscila. “Eu tenho quatro cachorros e já tinha um gato, agora serão dois. Ela já está se adaptando bem em casa, porque aqui todos ficam juntos, então ela está aprendendo a conviver com os outros bichinhos”, completa. E todos os bichos foram adotados pela família.
Priscila pode levar Penny para casa depois de assinar o Termo de Adoção e Guarda Responsável. “É o procedimento que sempre tomamos, a gente procurar conhecer bem quem é a pessoa que vai adotar os animais, para garantir que eles serão bem cuidados, estarão em um lar saudável”, destaca Denise.
O caso
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) divulgou em junho fotos da apreensão do animal que foi usado para levar celulares para dentro da unidade prisional.
De acordo com a SAP, a direção da unidade já investigava uma denúncia de que presos tentavam burlar a segurança usando animais domésticos para inserir materiais ilegais na penitenciária.
Durante a ronda, os agentes localizaram o animal andando com dificuldade na portaria e o atraíram com alimentos. A polícia também apura quem deveria receber os aparelhos.
Fonte: G1