Por Lobo Pasolini (da Redação)
Esta semana o filósofo americano Gary Francione, um dos maiores pensadores do abolicionismo animal, postou em seu blog um comentário sobre uma coluna de George Monbiot, um autor inglês muito conhecido por sua postura esquerdista e ambientalista. Monbiot havia expressado antes apoio ao veganismo como uma postura verde, mas mudou de ideia.
Francione escreveu que Monbiot ignorava o ponto principal da discussão: que o consumo de carne animal não pode ser justificado como algo moral. A única justificativa para se comer animais é o prazer dos humanos às custas do sofrimento e morte de 56 bilhões de animais por ano (excluindo peixes).
Ele acrescentou que a posição de que a produção animal pode ser feita de forma mais humana é extremamente ingênua. “Os animais são propriedade”, escreveu Francione. “Elas são produtos econômicos. Reformas de bem-estar animal oferecem muito pouca proteção aos interesses dos animais e historicamente elas simplesmente fizeram a exploração animal mais eficiente. Mesmo se os padrões de bem-estar animal aumentassem dramaticamente, nosso tratamento dos animais ainda representaria tortura se fossem humanos os envolvidos. “
Francione lembrou também que não é possível alimentar bilhões de pessoas com carne, mesmo que o consumo diminua, sem torturar os animais. “Eu estou estupefato que você tenha se juntado à turma da ‘carne feliz’.”