Inconformada com os danos ambientais causados no Golfo do México pelo vazamento de petróleo da BP, uma garota de 11 anos, Olivia Bouler, decidiu agir. Com a ajuda dos pais, teve a ideia de mandar desenhos de pássaros feitos por ela mesma àqueles que doam algum dinheiro para colaborar com a recuperação da área afetada pelo acidente. Entrou em contato com a National Audubon Society, entidade sem fins lucrativos criada com o objetivo de conservar e restaurar ambientes naturais (com foco em aves) e expôs sua ideia. A menina, que costumava passar férias na casa dos avós em Orange Beach, no Alabama, (local próximo ao acidente) adora pássaros e desenha muito bem. Resultado: a iniciativa virou um sucesso.
Desde que começou a campanha, Olivia já ajudou a levantar US$ 165 mil com suas ilustrações e atraiu mais de 20 mil fans para sua página no Facebook (http://www.facebook.com/pages/Save-the-Gulf-Olivias-Bird-Illustrations). O êxito foi tanto que a AOL fez uma parceria com a garota, criando para ela um site dentro do portal (http://www.aolartists.com/projects/help-the-gulf) e doando US$ 25 mil em nome da menina para a National Audubon Society. A própria AOL se encarrega de enviar os desenhos pelo correio para os doadores que procuram o site criado para a menina. Basta mandar um email para [email protected] com o protocolo da doação e o endereço.
“Eu sempre me interessei por animais, principalmente pássaros. Gosto muito do American Kestrel, que é o menor falcão do mundo. Também gosto da gralha azul”, diz a menina, que quer ser ornitologista quando crescer.
A garota, que já ganhou alguns concursos de arte na escola, é filha de um arquiteto e uma artista plástica.
Segundo a mãe de Olivia, a artista Nadine Bouler, muitas crianças ligaram e escreveram para a Adubon, inspiradas por sua filha, com o desejo de saber o que poderiam fazer para ajudar.
“No geral, os jovens e crianças estão tocados com a situação, mas para muitos o Golfo do México é um local distante, sem conexão com a realidade do dia-a-dia. Olivia ficou tocada porque conhece a exuberância do lugar. Adultos e jovens demoraram a perceber a gravidade da situação, no começo. Agora, estão todos muito preocupados”.
Fonte: Estadão