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DEGRADAÇÃO

Garimpo já ocupa quase 14 mil hectares em Unidades de Conservação na Amazônia

Em 60 dias, atividade devastou o equivalente a 462 campos de futebol em áreas protegidas da Amazônia, mostra monitoramento do Greenpeace Brasil

13 de dezembro de 2024
Cristiane Prizibisczki
1 min. de leitura
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Garimpo localizado no Parque Nacional dos Campos Amazônicos (AM) – o parque protege, na floresta amazônica, uma área de savana. Foto: © Marizilda Cruppe / Greenpeace

Em apenas dois meses, entre setembro e outubro, uma área equivalente a 462 campos de futebol foram desmatados pelo garimpo dentro de Unidades de Conservação na Amazônia. No total, a atividade já ocupa 13.814 hectares em 15 áreas protegidas do bioma. Os números fazem parte do mais recente levantamento do Greenpeace Brasil sobre o assunto, divulgado na quarta-feira (11/12).

A atividade garimpeira foi identificada principalmente em Unidades de Conservação situadas na divisa entre os estados do Pará e Amazonas, nas bacias dos rios Tapajós, Crepori, Jamanxim, Maués-Açu e Abacaxis. Esta é considerada a nova fronteira do desmatamento.

As Unidades de Conservação de Uso Sustentável são as mais afetadas, como a Floresta Nacional do Amanã, no Pará, que registrou 102,86 hectares de novas áreas de garimpo, e a Estação Ecológica do Alto Maués, no Amazonas, que, apesar de seu status de proteção integral, perdeu 47,89 hectares no mesmo período.

“Esse cenário evidencia que a atividade garimpeira – um dos grandes vetores de destruição da Amazônia na atualidade – continua avançando na região. É imprescindível que haja um reforço no combate a essa atividade ilegal, que continua ameaçando rios, biodiversidade, povos indígenas e comunidades tradicionais”, afirma Jorge Eduardo Dantas, coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil.

Fonte: ((o))eco

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