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Garças-brancas se reproduzem em parque de Curitiba (PR)

9 de setembro de 2011
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Há mais de 20 anos, sempre nesta época do ano, garças-brancas transformam as copas das árvores do Passeio Público num verdadeiro berçário para a reprodução. As garças chegam em julho e vão embora em março do ano seguinte. Setembro é o auge do período de procriação.

O espetáculo das garças é de grande beleza e chama atenção de quem passa pelo parque ou mora nas vizinhanças. Nem as adversidades do local, afinal o Passeio Público, o parque mais antigo da cidade, é cercado por edifícios e o barulho das ruas, impedem a natureza de seguir seu caminho.

 

Aves chegam em julho e vão embora em março. Foto: Reprodução/ Jornale

Nesta época do ano, ninhos pipocam na copa das árvores do parque, a espera do nascimento dos filhotes. As garças-branças chegam a procriar em torno de 80 filhotes. O engenheiro agrônomo Pedro Scherer, ornitólogo autodidata, observa o movimento das garças há 20 anos. Segundo ele, não há uma explicação científica para o fenômeno.

“Não sabemos ao certo o porquê da escolha deste espaço para a reprodução da espécie; o que temos são suposições, como o fato de que tínhamos no Passeio algumas garças da mesma espécie em cativeiro, que podem tê-las atraído”, afirma Scherer.

A bióloga Maria Lúcia Faria Gomes, gerente técnica do Passeio Público, conta que não há qualquer interferência, nem dos técnicos nem dos demais funcionários do parque, no processo de reprodução das garças. “Temos pelas garças muito zelo e a elas dedicamos atenção especial. Elas não alteram a rotina do parque, só reforçamos a limpeza”, conta.

Maria Lúcia diz que os funcionários que trabalham no Passeio Público também apreciam o espetáculo das garças. “Podemos dizer que o espetáculo já se transformou num dos cartões de visita da cidade e já compõe a paisagem da vizinhança”, diz.

Ela conta que uma vez um morador de um dos prédios vizinhos ligou para a administração do Passeio Público para reclamar do “sumiço” das garças-brancas.  “Como essas aves vão embora lá pelo finalzinho de março, ele certamente imaginou que tínhamos dado fim às garças, que proporcionam para quem mora nos prédios próximos um espetáculo quase particular”.

Fonte: Jornale

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