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Galinhas forçadas a crescer em apenas 35 dias sofrem dados severos nas pernas, corações e pulmões

3 de março de 2020
3 min. de leitura
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Um estudo realizado pela Rural College da Escócia aponta que frangos e galinhas estão sendo forçados a crescer até três vezes mais rápido que o normal e muitas vezes têm seus ciclos de vida completados em apenas 35 dias através de hormônios e condições de vida artificiais. A pesquisa foi realizada no Reino Unido, onde o consumo de carne de frango tem se popularizado devido à propaganda de que é mais saudável que a ingestão de carne vermelha.

A organização de proteção animal britânica Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) afirma que esses animais são submetidos a condições desumanas e que literalmente “vivem uma vida que sequer vale a pena viver” apenas por alguns segundos de satisfação humana.

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A organização salienta também que é preciso desmitificar a ideia que existem carnes mais saudáveis, pois todos os animais criados industrialmente estão repletos de produtos químicos em seus organismos. Além disso, as aves são muito mais propensas a sofrer sérios problemas de saúde, como claudicação, ataque cardíaco e queimaduras, devido à incapacidade de viver a vida “normal” de uma galinha.

Os resultados do estudo, mostram que as galinhas criadas para consumo humano no Reino Unidos sofrem com severos danos nas articulações, pernas, corações e pulmões. Muitas ficam tão doentes, que morrem antes mesmo do prazo estipulado pela indústria.

Devido ao peso anormal, as pernas das galinhas e frangos literalmente quebram e os forçam a ficar dias sobre as próprias fezes e urina à espera da morte. Quando um animal morre, os outros são forçados a viverem e se alimentarem próximo aos cadáveres dos não sobreviventes.

Kate Parkes, da RSPCA, afirma que o estudo é uma excelente oportunidade para conscientizar a sociedade sobre o risco do consumo de carne animal e todo o sofrimento intrínseco à esta cadeia de produção. “As pessoas estão comendo mais frango porque acham que é uma opção saudável, mas ficariam horrorizadas com o sofrimento que essas aves sofrem ao nascer em corpos que simplesmente crescem rápido demais” afirma.

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E completa: “A escala deste problema é vasta e precisamos resolvê-lo rapidamente. Este estudo é o primeiro do gênero no Reino Unido a comparar essas aves de rápido crescimento com uma raça de crescimento mais lento e os resultados são claros: a genética dessas raças afeta seu bem-estar a tal ponto que muitos podem ser considerados como tendo uma vida não vale a pena viver”.


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