O furacão Milton, atingiu a Costa do Golfo da Flórida nessa quarta-feira (9), e ainda pode trazer sérias consequências para os animais sulvestres da região, especialmente em termos de deslocamento e sobrevivência. Eventos climáticos extremos como esse intensificam a exposição dos animais a ambientes atípicos, colocando-os em risco.
De acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (FWC), diversas espécies nativas podem ser afetadas diretamente pelo furacão e os impactos são visíveis no comportamento e nos habitats desses animais.
Jacarés
Os jacarés tendem a ser avistados com mais frequência em áreas alagadas após furacões ou tempestades tropicais. O deslocamento forçado desses répteis pode expô-los a novos perigos, como a aproximação a áreas urbanas. É crucial que sejam respeitados e que seu espaço seja preservado. A busca por novos habitats temporários é uma resposta natural ao aumento no nível das águas, mas exige que a sociedade esteja ciente de que o estresse do animal pode ser elevado.
Ursos
Os ursos, também impactados pelas fortes chuvas, muitas vezes se aventuram fora de seus territórios para procurar alimentos em locais que não frequentariam em condições normais. Detritos deixados pelo furacão podem atrair esses animais, expondo-os a perigos em áreas urbanas. O contato desnecessário com alimentos humanos pode alterar comportamentos naturais, prejudicando seu bem-estar a longo prazo.
Corujas
As corujas, forçadas a abandonar suas tocas temporariamente devido às chuvas, podem ser vistas buscando abrigo em locais incomuns. Essas aves podem sofrer devido à destruição de seus habitats naturais, levando a uma dificuldade maior de retorno e reestabelecimento. A preservação dos espaços naturais é vital para a proteção desses animais, especialmente durante os processos de limpeza após a passagem de um furacão.
Tartarugas Gopher
Habitantes de terrenos mais secos, as tartarugas Gopher podem ser particularmente vulneráveis a inundações causadas por tempestades. Forçadas a buscar terrenos mais altos, muitas enfrentam o desafio de escapar de tocas desmoronadas e do risco de afogamento. A legislação que protege essas tartarugas e suas tocas deve ser respeitada rigorosamente, garantindo que elas tenham a chance de se restabelecer sem interferências.
Peixes-boi
Peixes-boi encalhados ou presos durante a tempestade precisam de atenção imediata. A vulnerabilidade desses animais durante furacões é agravada pelo estresse causado pela perda de seus habitats temporários. O resgate especializado é essencial para sua sobrevivência, já que qualquer tentativa de movê-los sem conhecimento adequado pode piorar sua condição.
Tartarugas-marinhas
As tartarugas-marinhas têm estratégias naturais para lidar com tempestades, depositando vários ninhos ao longo da temporada. Mesmo assim, eventos climáticos severos podem prejudicar parte das ninhadas. A interferência humana, como desenterrar ovos ou tentar resgatar filhotes, pode causar danos irreversíveis. A melhor ação é garantir que essas tartarugas sejam monitoradas por profissionais que possam agir de forma adequada, priorizando o bem-estar desses animais.
Cobras
Após tempestades, é comum que cobras se desloquem para áreas mais altas. Embora muitas delas não sejam venenosas, o contato com ambientes urbanos as coloca em uma posição de vulnerabilidade. A preservação do seu espaço e o respeito ao seu comportamento são essenciais para evitar acidentes e garantir que esses animais possam retornar com segurança a seus habitats.
Eventos climáticos extremos como o furacão Milton não apenas afetam os ecossistemas, mas também exigem que estejamos atentos ao sofrimento dos animais selvagens que, assim como os seres humanos, buscam abrigo e segurança diante da força devastadora da natureza.