Chegando na Flórida (EUA) hoje (29/09), o furacão Ian, que foi elevado ontem (28/09) à categoria 4, segundo informou o Centro Nacional de Furacões do país, já tocou a costa do Golfo da Flórida e os habitantes terão que lidar com o fenômeno atmosférico, que já atingiu ventos de cerca de 220 km/h.
Na lista dos afetados, estão os animais presos em zoológicos e aquários da região. Os animais, totalmente vulneráveis, além de viverem presos em recintos pequenos e fora de seus habitats naturais, ainda terão que sofrer com transferências, remoções arriscadas e serão obrigados a passar dias presos em bunkers ou transportados para áreas afastadas da rota do furacão.
Ainda que todos os cuidados possíveis sejam tomados para preservar a vida destes animais, eles terão que sofrer com estresse, medo e possíveis riscos físicos e psicológicos. A remoção dos animais pode causar danos à saúde e colocar a vida deles em risco.
Já foi comprovado por cientistas e pesquisadores, que os animais são capazes de detectar desastres naturais com horas ou dias de antecedência, ou seja, livres na natureza, os animais são capazes de se proteger conforme seus instintos. Uma das pesquisas mais importantes sobre a forma como os animais podem prever desastres naturais, foi conduzida em 2017 por uma equipe liderada por Martin Wikelski do Instituto Max Planck de Comportamento Animal, na Alemanha. Os cientistas fizeram pesquisas de campo com diversos animais, selvagens e domésticos, e constataram que todos eles podiam prever tremores de terra e erupções de um vulcão, por exemplo, alguns com 24 horas de antecedência, mudando seus comportamentos ou fugindo para áreas seguras.
Isso demonstra que, presos em cativeiro, os animais ficam completamente vulneráveis e dependem da proteção dos humanos, o que nem sempre acontece. Além do mais, não é apenas à riscos naturais que eles estão expostos. Vimos recentemente o caso da guerra na Ucrânia, em que diversos animais morreram, de fome, sede ou por bombardeios, após a invasão Russa.
Nenhum zoológico ou aquário pode garantir a segurança total dos animais em cativeiro. Durante desastres naturais como inundações, incêndios e terremotos, que podem vir sem aviso prévio, animais que estão em cativeiro são deixados para trás, sem qualquer tipo de ajuda. E estando presos, eles sequer têm chances ou formas de escapar.
Segundo a Revista Veja, durante o furacão Georges, em 1998, o recinto dos flamingos do Zoo Miami, um dos estabelecimentos que novamente será alvo do furação, foi destruído, forçando os pássaros a serem levados para um banheiro, o que causou estresse e danos à saúde deles. O zoológico passou 10 anos sendo reconstruindo após a tempestade de categoria 5 e muitos animais foram afetados.
Animais domésticos
Em paralelo, os tutores de animais domésticos que estão evacuando para evitar o furacão Ian são incentivados a levar itens essenciais para si e para seus amigos peludos.
A Humane Society dos Estados Unidos recomenda que aqueles que evacuem com seus animais levem comida e água para, pelo menos, cinco dias para cada animal. Além de registros veterinários (incluindo histórico de vacinação), um kit de primeiros socorros para animais e fotos recentes de cada animal, no caso de desaparecimento durante o seu tempo fora de casa.
Nota da Redação: É de uma crueldade e tamanho egoísmo manter animais presos e vulneráveis por dinheiro e entretenimento, só para o bel prazer dos seres humanos! Falta respeito e empatia aos que fazem isso. Os animais selvagens que foram retirados da natureza ou que nasceram em cativeiro estão expostos a uma infinidade de riscos como doenças, epidemias, guerras, poluição, alimentação inadequada, estresse, e a vários tipos de desastres naturais. Sem contar os que são mortos ao colocarem visitantes ou funcionários em “risco”. Os zoos, aquários, circos e parques que aprisionam animais devem ser banidos e os animais devem viver livres em seus habitats naturais. Não compactue com essa prática absurda!