O furacão Helene deixou um rastro de destruição pelos Estados Unidos e causou a morte de pelo menos 91 pessoas na Carolina do Sul, na Flórida, na Geórgia, na Carolina do Norte e na Virgínia nos últimos dias.
Deanne Criswell, chefe da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), classificou o fenômeno como um “verdadeiro evento multiestadual” e disse que ele foi agravado pelo aquecimento global.
“Esta tempestade demorou um pouco para se desenvolver, mas, uma vez que aconteceu, ela se intensificou muito rapidamente – e isso é por causa das águas quentes no Golfo, que estão criando mais tempestades que estão atingindo este nível de categoria principal”, disse ela ao programa Face the Nation, da rede CBS.
A executiva acrescentou que, no passado, os danos causados pelos furacões eram principalmente por causa do vento, mas, agora, têm aumentado os impactos da água. “E isso é resultado das águas quentes, que são consequência das mudanças climáticas.”
No condado de Taylor, na Flórida, onde Helene chegou à costa como um furacão de categoria 4 na quinta-feira à noite, com ventos de 225 km/h, as inundações resultantes atingiram cerca de 4,6 metros.
Na Carolina do Norte, foram registrados 740 mm de chuva. Quase 400 estradas foram fechadas no estado e o acesso à água potável limpa foi limitado. “Esta é uma inundação histórica na Carolina do Norte”, enfatizo Criswell. “Não sei se alguém poderia estar totalmente preparado para a quantidade de inundações e deslizamentos de terra que estão tendo agora.”
Reportagem do The Guardian mostra que, no condado de Buncombe, 30 pessoas morreram e cerca de 1 mil estão desaparecidas. Suprimentos estão sendo transportados por via aérea para a região ao redor. A administradora local, Avril Pinder, chamou a tempestade de “o furacão Katrina do condado de Buncombe”.
Pelo menos 23 vieram a óbito na Carolina do Sul, incluindo dois bombeiros. Na Geórgia, foram pelo menos 17. Na Flórida, 11, e, na Virgínia, uma.
As fortes chuvas também quase causaram o colapso da Represa Nolichucky, em Greeneville, no Tennessee. O Serviço Nacional de Meteorologia rotulou a situação de “particularmente perigosa” e pediu que pelo menos 100 mil moradores da área “procurassem terrenos mais altos” imediatamente.
Fonte: Um Só Planeta