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Funcionários e alunos da USP se mobilizam para ajudar cão vira-lata com dificuldade de andar

13 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Bim já mancava de uma perna. Mas desde o dia 26 de março, sofre dores mais fortes por causa de um ligamento rompido na outra perna. Bim é um vira-lata e um dos mascotes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da USP (SP), que desde o começo da semana figura em cartazes colados nas paredes da faculdade. Tudo por conta da mobilização de diversas pessoas que tentam angariar fundos para pagar uma cirurgia, marcada para a próxima quarta, dia 13, no Hospital Veterinário (Hovet) da USP. Só assim o cãozinho voltará a andar normalmente.

Ele foi abandonado no campus no dia 11 de setembro de 2001. Com a fatídica data, veio o apelido. “Para não causar conflito, trocamos a grafia Bin [Laden] por Bim”, conta Marly Spacachieri, que encabeça o mutirão em prol do animal. A ex-aluna da FFLCH e mestre em História cuida do cão há anos e foi a primeira a notar algo de errado. “Quando cheguei no Hovet com o Bim, o veterinário falou que o mais provável é que alguém o tenha machucado”, disse Marly.

Bim passará por cirurgia hoje. Foto: Reprodução/ JC

O custo total, que envolve consultas já realizadas, cirurgia, medicamentos e estadia pós-operatória, foi estimado em R$1.150. Para conseguir o montante, são muitos os envolvidos. Funcionários e alunos estão espalhando cartazes e vendendo doces e livros usados. Criaram, inclusive, uma página no Facebook: “Cirurgia do Bim”. Além disso, colocaram uma caixinha para receber doações na xerox do prédio da História e Geografia. A Atlética da FFLCH está organizando uma cervejada em prol da causa, que irá acontecer na segunda (11) a partir das 14h, no Espaço Aquário da faculdade.

A única coisa que falta é um local para abrigar o animal depois da cirurgia. O Hovet não possui instalações de pós-operatório, então será necessário que uma clínica veterinária particular ou algum interessado se responsabilize pelos cuidados.

No momento, Bim está “hospedado” na sala das professoras Raquel Glezer e Leila Leite Hernandez, no prédio da História e Geografia. “Passeamos com ele quatro a cinco vezes por dia, e depois ele fica repousando na sala”. Repouso relaxante ao som do músico de Mali, Toumani Diabaté. “Bem multiétnico, já que estamos na FFLCH!”, exclama a voluntária.

O tratamento VIP chama atenção. Marly diz que Bim é um cão sortudo. “Mas é apenas a ponta do iceberg de um problema muito grave. Infelizmente existem muitos animais sendo abandonados todos os dias aqui no campus. Gostaria que essa campanha servisse como alavanca para a discussão desses casos de maus-tratos.”

Aqueles que quiserem contribuir sem ir até a USP, podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] e falar com a Marly.

Fonte: Jornal do Campus

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