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FAUNA AMEAÇADA

Fugindo da invasão humana, tamanduá-mirim morre atropelado em Presidente Bernardes (SP)

16 de outubro de 2022
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Foto: Amanda Simões/TV Fronteira

Um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) morreu atropelado na tarde dessa sexta-feira (14), na Rodovia Olímpio Ferreira da Silva, SP-272, em Presidente Bernardes (SP). Segundo o capitão da Polícia Militar Ambiental na área de Presidente Prudente (SP), Júlio César Cacciari, o animal era da região.

Em casos de animais vivos ou lesionados na pista, a orientação é acionar a Polícia Militar Ambiental, para que possam ser socorridos e encaminhados para soltura, ainda conforme Cacciari. Já em casos de óbito, é necessário acionar a concessionária responsável pelo trecho ou o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para realizarem a remoção do cadáver.

Sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar casos de atropelamento, Cacciari menciona o cuidado com a velocidade e a atenção redobrada nos pontos em que os animais costumam trafegar.

“Orientamos a respeitar os limites de velocidade e, nos locais de vegetação mais densa ou pontes e travessias, redobrar a atenção no período noturno e ao entardecer e amanhecer, horários habituais de travessia de animais”, completou.

Perfil

O Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) mede entre 87 e 110 cm e pode pesar até 7 kg, com uma cauda preênsil. Apresenta coloração predominantemente amarelada, com duas manchas pretas que se estendem dos ombros até a região posterior do corpo. A cabeça tem um focinho alongado e uma língua longa e protrátil. Possui quatro dedos nos membros anteriores, com garras longas em três destes, e cinco dedos nos posteriores, com garras curtas em cada. Assim como todos os tamanduás, não possui dentes.

Ele é encontrado em todo o Brasil, sendo encontrado também na Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. Seu habitat é a Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga e savanas, como o Cerrado.

Alimentação: Insetívoro (cupins, formigas, abelhas e mel), sendo que sua gestação é de 160 dias, nascendo 1 filhote. O tamanduá-mirim é uma das três espécies da família que ocorre no Brasil, sendo as outras duas o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduaí (Cyclopes didactylus).

Quando se sente ameaçado, fica em posição ereta, apoiado sobre os membros posteriores e a cauda, deixando as garras das patas anteriores livres para golpear qualquer atacante. Costuma repousar em tocas durante as horas mais quentes do dia. A mancha negra em sua pelagem lhe confere o nome de tamanduá-de-colete em algumas regiões.

Fonte: G1

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