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DESEQUILÍBRIO

Frio extremo congela animais no norte da Noruega

Com termômetros marcando impressionantes -52,6 °C, animais foram literalmente congelados em plena natureza.

24 de novembro de 2025
Sebastián Fernandez Gavet
2 min. de leitura
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Foto: Pexels

Uma onda de frio extremo atingiu o norte da Noruega e deixou o mundo em choque. Com termômetros marcando impressionantes -52,6 °C, animais foram literalmente congelados em plena natureza. O cenário parece coisa de filme, mas é real — e levanta um debate urgente sobre aquecimento global, mudanças climáticas e os eventos cada vez mais fora do padrão.

O frio extremo transformou a rotina da fauna local em uma luta pela sobrevivência. Em algumas regiões, aves e pequenos mamíferos foram encontrados congelados em campo aberto. Especialistas explicam que, quando o corpo não consegue mais gerar calor suficiente, ocorre falência dos órgãos em poucas horas.

Em condições normais, esses animais já estão adaptados ao frio. O problema é a intensidade inédita desse frio extremo, que ultrapassou qualquer padrão histórico recente.

Frio recorde e aquecimento global: entenda a contradição

Pode parecer estranho, mas o frio extremo não desmente o aquecimento global. Pelo contrário. As mudanças climáticas não significam apenas aumento de calor, mas também instabilidade nos sistemas atmosféricos.

Com o aquecimento global, o chamado “vórtice polar” — uma circulação de ar gelado que fica próxima ao Polo Norte — se torna mais instável. Isso faz com que massas de ar congelantes avancem para regiões que normalmente não enfrentariam esse tipo de evento. Resultado: mais frio extremo aqui, ondas de calor ali.

Por que o norte da Noruega ficou tão gelado?

A principal causa foi uma alteração nas correntes de ar vindas do Ártico. Essas mudanças nas correntes atmosféricas estão diretamente ligadas às mudanças climáticas e ao enfraquecimento dos padrões climáticos tradicionais.

Entre os fatores que contribuíram estão:

  • Deslocamento anormal de massas de ar polar
  • Impacto acumulado do aquecimento global ao longo dos anos
  • Maior frequência de eventos climáticos extremos

O frio extremo não acontece todos os anos nesse nível, mas os cientistas alertam que esses episódios estão se tornando mais intensos e imprevisíveis.

O que pode ser feito diante desse cenário?

A realidade é dura: sem ações concretas, tanto o frio extremo quanto outros efeitos das mudanças climáticas tendem a piorar. Governos, empresas e comunidades precisam agir juntos.

Medidas como redução de emissões, investimentos em energia limpa e adaptação das cidades já não são mais opcionais. São urgentes.

No fim das contas, o que aconteceu na Noruega é mais do que uma curiosidade climática. É um alerta claro de que o planeta está entrando em uma nova fase — mais instável, mais extrema e cada vez mais imprevisível. A pergunta agora é: vamos reagir a tempo?

Fonte: Gizmodo

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