Um estudante britânico de arquitetura chamado André Ford teve uma idéia para que os frangos não sofram.
Uma matéria da Wired UK conta que Ford teve acesso a um estudo sobre frangos que ficaram cegos na indústria da carne. Segundo esse estudo, as aves cegas sofriam menos ao viver nas trevas suas 6 ou 7 semanas de horror nas gaiolinhas verticais.
André Ford é um cara muito preocupado com o bem estar do seu futuro estrogonofe. Pensou: se cegos os frangos sofrem menos, sem cérebro não sofrerão nada! Inspirado pelo filme Matrix ele criou então a concepção de frangos com o córtex cerebral retirado. Eles viveriam em suportes plásticos. Teriam também as patas cortadas para poupar espaço.
A idéia foi batizada como Centre for Unconscious Farming (algo como Centro para a Pecuária Inconsciente. As aves viveriam sem visão, sem audição, sem mobilidade e sem consciência. Comida e água seriam inseridas por tubos, e os excrementos retirados da mesma forma. Para não atrofiar os seus músculos, levariam choques regularmente.
No conceito de André Ford, o número de aves engordando por metro quadrado aumentaria de 3,2 para 11,7. Para os que o classificam como um “monstro”, Ford responde: “Existem várias diferenças entre os atuais métodos de produção e o sistema que eu estou propondo, mas a diferença fundamental é a remoção do sofrimento”.
A “remoção do sofrimento” vai possibilitar que André Ford coma seu McChicken com consciência mais leve. Quais serão suas próximas idéias? Bois e porcos “inconscientes”? Humanos criados sem córtex como doadores de órgãos?