Desde 2002, o fotógrafo Christian Åslund documenta o recuo de geleiras no arquipélago de Svalbard, no Ártico. Quando começou os registros, comparou suas imagens com fotografias do Instituto Polar Norueguês, feitas no início do século 20, e descobriu que a geleira Blomstrandbreen já havia recuado quase 2 km desde 1928.
“Elas ilustram a rapidez com que nosso planeta está mudando à medida que a crise climática se agrava”, afirmou Christian, em comunicado do Greenpeace. “O Ártico é a nossa sentinela climática – é onde as crises climáticas e oceânicas convergem e onde os impactos dessas crises são vistos primeiro e sentidos com mais intensidade.”
Além de provocar o aumento do nível do mar, o derretimento de geleiras expõe o oceano mais escuro. Em vez de refletir calor, como o gelo branco faz, ele o absorve. Por isso, a região passa por um fenômeno conhecido como “amplificação do Ártico”: em 2022, um estudo mostrou que o Ártico estaria aquecendo quase quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo, e que, entre 1979 e 2021, a temperatura na região aumentou 0,73°C por década.
O impacto desse aumento está no contraste entre as imagens de Christian e aquelas tiradas há seis décadas. “Espero que essas fotos sirvam como um lembrete para as pessoas de que todos nós podemos fazer algo para tentar coletivamente mudar essa maré”, disse o fotógrafo à revista New Scientist. “Temos uma responsabilidade global de desacelerar a mudança climática. Não acho que seja tarde demais.”
Em publicação no Instagram, o Greenpeace retrata as mudanças em uma geleira do Ártico em quase cem anos:
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Fonte: Um Só Planeta