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Fotógrafo reúne acervo que mostra a tristeza de animais em cativeiro

31 de outubro de 2013
4 min. de leitura
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Por Monika Schorr (da Redação)

Um fotógrafo amador da vida selvagem reuniu em uma extraordinária coleção de fotografias, as semelhanças entre humanos e primatas, mas sob o ponto de vista cruel e desumano do cativeiro. As informações são do Daily Mail.

Nascido na Alemanha, Joshua Arlington deu início ao projeto com o intuito de pesquisar o antropomorfismo, que é a tendência para encontrar traços humanos em animais.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Primata Joe (Foto: Reprodução)
Primata Joe (Foto: Reprodução)

Joe, orangotango de 28 anos de idade, e seu filho Ollie, de dois anos, são dois dos animais com quem Joshua estabeleceu fortes vínculos afetivos.

“É realmente indescritível”, disse o fotógrafo.

“Eu comecei este projeto para entender como os humanos transferem suas próprias personalidades para os animais e acabei descobrindo que eles, muitas vezes, são melhores do que nós em demonstrar suas emoções”.

“Penso que a parte mais fascinante de todo meu trabalho foi começar a entender que os animais, sem sombra de dúvida, são indivíduos com personalidades e traços de caráter únicos”.

“Sua linguagem corporal e reações a estímulos definem cada um deles como um ser único”.
Apesar da crescente ligação entre Joshua e os animais, ele está bem consciente que a distância que existe entre eles dificilmente poderá ser superada.

“Estou absolutamente encantado com o gradual fortalecimento dos laços de amizade que construí com cada um desses indivíduos, ao mesmo tempo em que estou ciente de que sempre haverá uma barreira entre nós e que não é de vidro nem de barras de metal”, acrescentou Joshua, que retratou as emoções e a tristeza dos animais enquanto estavam em cativeiro, no Zoológico da Pensilvânia.

“Eu faria qualquer coisa para poder dialogar com eles e poder compreender, verdadeiramente, o que eles pensam, sentem e como enfrentam uma vida tão apartada da natureza”.

Depois de passar tanto tempo com os animais, Joshua começou a desenvolver fortes laços de amizade, como os que estabeleceu com Ollie, o orangotango de dois anos. (Foto: Reprodução)
Depois de passar tanto tempo com os animais, Joshua começou a desenvolver fortes laços de amizade, como os que estabeleceu com Ollie, o orangotango de dois anos. (Foto: Reprodução)
“Eles são, muitas vezes, melhores do que nós ao expressar suas emoções”, disse Joshua ao refletir sobre o projeto que desenvolveu no ano passado. (Foto: Reprodução)
“Eles são, muitas vezes, melhores do que nós ao expressar suas emoções”, disse Joshua ao refletir sobre o projeto que desenvolveu no ano passado. (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Depois de receber o diagnóstico de enxaqueca crônica, Joshua abandonou o curso de psicologia no Instituto de Tecnologia de Rochester (Rochester Institute of Technology) para se dedicar à sua paixão pela fotografia.

Nascido em Bitburg, Alemanha, onde seu pai ocupava um posto na força aérea dos EUA, ele sonhava em ser fotógrafo da vida selvagem.

“Morando numa cidade da América não estou, exatamente, perto de qualquer floresta tropical, e meu contato com a vida selvagem limita-se à visão do desafortunado cervo à beira da rodovia”, disse Joshua.

“O zoológico é um lugar para onde posso escapar durante algumas horas e fotografar estes animais, nem que seja por alguns poucos momentos”, mas Joshua sabe que o zoológico não é o lugar para estes animais. As fotografias são sempre melancólicas e expressam toda a tristeza do confinamento.

Joshua tem esperanças de que suas imagens de primatas em cativeiro possam ajudar na luta pela conservação de espécies animais.

“A indústria do óleo de palma está varrendo seu habitat da face da terra e me dói saber que, daqui a uma ou duas gerações, alguém com o mesmo sonho que o meu não terá outra opção, a não ser fotografar esses magníficos animais aprisionados entre vidros e paredes”, disse o fotógrafo.

“Eu faria qualquer coisa para poder fotografá-los na natureza, algum dia, e me apavora pensar que eu nunca mais possa ter essa oportunidade”.

Vislumbre das emoções de animais em cativeiro que, de forma perversa, foram tirados de seu habitat natural que também está sendo destruído pela ganância humana. (Foto: Reprodução)
Vislumbre das emoções de animais em cativeiro que, de forma perversa, foram tirados de seu habitat natural que também está sendo destruído pela ganância humana. (Foto: Reprodução)

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