O fotógrafo Eko Siswono Toyudho capturou as cenas depois de conseguir entrar em um matadouro de cães em Jacarta. Ele disse que os animais abandonados são comprados por um valor entre 150 mil a 250 mil rupias (£ 8 a £ 14), dependendo do tamanho, e acorrentados e alimentados com arroz e vegetais em uma “casa de quarentena”.
Eko testemunhou os cães serem agredidos com martelos no lugar turístico antes que suas carnes fossem cozidas com “especiarias especiais” no restaurante das proximidades.
O fotógrafo de Jacarta afirma que tanto o matadouro quanto o restaurante ainda estão em operação e que três a seis cães são assassinados diariamente. “Testemunhei os cães serem espancados até a morte com martelos e deixados sangrando antes de serem cortados para serem cozidos”, declarou.
Os cães são obtidos em West Jawa e Banten por 150 mil a 250 mil rupias (£ 8 a £ 14) por animal, dependendo do tamanho. “A cada dia, entre três e seis cães são processados ali para serem transformados em um alimento chamado Saksang”, disse o profissional.
Toyudho informou que a carne é cozida com especiarias especiais antes de ser servida em pequenos restaurantes por 30 mil rupias (£ 1,65) por porção.
“A carne de cachorro é uma culinária típica desta região da Indonésia e é muito procurada. É um alimento tradicional para o povo Batak do Norte de Sumatera. Porém, só pode ser servido em certos pratos e restaurantes e, às vezes, é escondido do menu”, destacou.
De acordo com Eko, os cães comprados pela “casa da quarentena” são mongres sequestrados das ruas de West Jawa e Banten. Nas imagens, é possível ver o caos do local. Outras fotos revelam animais mortos com os pelos chamuscados.
As fotos mostram o que parece ser a carne de um cachorro – que é semelhante à carne de porco – sendo cozida para a preparação do curry. Eko disse que a quarentena dos cães é baseada na demanda e que os animais são alimentados com comida humana como arroz e vegetais antes de serem mortos, revela a reportagem do Daily Mail.
“Minhas fotos expõem cães na zona de quarentena antes de serem cozidos para a alimentação. Capturei o início do processo até o final, quando os animais são servidos como alimento para os amantes de carne de cachorro. Decidi tirar essas fotos porque, como jornalista, sinto que é meu dever contar a história. Talvez, ao contar a história, a conscientização do público aumente”, disse.
“Entendo que as pessoas das culturas ocidentais acharão essa prática angustiante e horrível e espero que mais seja feito para condenar esse tipo de atividade – mas é sua tradição. Eu só sinto pena pelos cães espancados até a morte, mas espero que minhas fotos falem por si mesmas”, completou.
A organização de proteção animal Dog Meat Free Indonesia afirma que todos os anos, milhões de cães são transportados no país para o comércio da carne, sendo que alguns são animais domésticos que foram sequestrados. O grupo acredita que 7% da população do país consome carne de cachorro.