(da Redação)
Cães da raça pit bull são os que mais polarizam opiniões entre os animais domésticos. Sujeitos a equívocos, submetidos a legislações específicas da raça e à discriminação pura e simples, é óbvio que eles estão enfrentando problemas de imagem da mais alta ordem, sobretudo devido ao exagero por parte da mídia. Parece que há sempre uma nova reportagem criticando estes cães e julgando-os como intrinsecamente agressivos. A verdade é que não há uma raça de cão que seja mais violenta que a outra apenas pela sua natureza. Pessoas incultas e mal preparadas, juntamente com abusos e práticas de criação irresponsáveis, podem tornar qualquer animal agressivo. Mas, mesmo assim, pit bulls e mestiços da raça tornaram-se tão temidos que 93% deles são mortos ao invés de serem adotados, quando adentram em um abrigo nos EUA, segundo a reportagem da One Green Planet.
Foi por esse motivo que a premiada fotógrafa Sophie Gamand decidiu fazer uma série de fotos com lindos “modelos” pit bulls que precisam de lares na área de Nova York. Concentrando-se em cães e em nosso relacionamento com eles em seu trabalho desde 2010, Gamand viu como os pit bulls eram incompreendidos e como estavam sendo desproporcionalmente mortos. Ela decidiu criar algo para elevar a conscientização e levantar recursos para a sua causa, em um esforço para ajudar estes cães incríveis a mostrar ao mundo a sua natureza doce e suave. O produto da sua série, intitulada “Flower Power, Pit Bulls of the Revolution” (“O poder das flores, Pit Bulls da Revolução”) irá beneficiar os três abrigos onde suas musas residem atualmente, bem como pretende alterar a percepção com relação a esses animais.
Segundo a reportagem, ao olhar para os cães dessa raça, ou resultantes de mistura, com os quais ela estava trabalhando, sua luta contra a discriminação da raça inspirou um sentimento na fotógrafa que evoca a era da luta pelos direitos civis. “Eu os imaginava como hippies lutando contra o sistema e a imagem foi dada, com o poder do amor e a suavidade das flores”. Pode-se dizer que ela absolutamente acertou em cheio, de modo que não se pode deixar de imaginá-los como hippies lutando pela liberdade, participando de ativismo e trabalhando pela mudança. Com tantas mensagens de paz, amor, igualdade e compaixão daquela época passada ainda soando como verdade hoje, estes cães seriam embaixadores incríveis para a mudança de opinião de que a sociedade tanto precisa.
Acreditar que pit bulls são inerentemente agressivos é uma visão do passado. É tempo de olhar para a frente.
Veja a seguir uma série de fotos desse trabalho de Sophie Gamand:
Com a conscientização sobre essa raça bonita, leal e doce, mais pit bulls poderão conseguir lares amorosos e definitivos.
Legislação específica para uma raça só serve para difamar e, potencialmente, eliminar uma raça inteira pelas ações de alguns.
Falar sobre os pit bulls em mídias sociais e participar de eventos que visam ajudá-los pode ser uma grande ajuda para a sensibilização e para fazer a diferença na percepção do público.
Pit bulls, assim como todos os animais, têm o direito de ser tratados de forma justa e com compaixão.
Imagens favoráveis na mídia como estas, podem trazer um fim ao fomento do medo e à discriminação que resulta em taxas desproporcionais de morte induzida para pit bulls e mestiços da raça.
Pit bulls precisam de vozes positivas para lutar ao seu lado em um esforço para mudar a percepção do público. Se não nos levantarmos para falar por eles, quem o fará?
Há espaço para todas as raças em nossa sociedade.
Convicções fortes são difíceis de serem mudadas. Mas ao liderar pelo exemplo, como um(a) tutor(a) de pit bull responsável e apaixonado(a), você pode ajudar a fazer com que espectadores passem de antagonistas a defensores.
E a frase abaixo resume tudo.