Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Animais comumente mortos pela indústria alimentícia, como galinhas, cabras, vacas ou porcos, raramente têm a oportunidade de ser vistos como os seres inteligentes e sofisticados que são.
Quando vivemos em uma sociedade programada para enxergar esses animais como coisas e não seres vivos, muitas vezes as pessoas se surpreendem ao saber que as galinhas, por exemplo, são mães carinhosas e protetoras.
A verdade é que esses animais compartilham muitas qualidades conosco: podem ser gentis, brincalhões, travessos etc.
As personalidades individuais dos animais explorados em fazendas são muitas vezes obscurecidas por nossa compreensão delas, mas a fotógrafa Sammantha Fisher está determinada a mudar isso. Suas imagens deslumbrantes incentivam o espectador a ver quem esses animais são verdadeiramente ao mesmo tempo em que destacam as existências dolorosas que eles enfrentam dentro de fazendas industriais.
Por exemplo, os bezerros desta imagem são machos destinados à morte pela indústria da carne de vitela, pois são considerados inúteis pela indústria de laticínios.
Fisher diz que decidiu se tornar vegana depois de se conscientizar sobre a crueldade por trás do consumo de ovos e laticínios. “Antes de me tornar vegana, sempre me considerava uma amante dos animais. A maioria dos onívoros me perguntava quando eu era vegetariana por que eu ainda ingeria laticínios e ovos. Eu não estava fazendo o suficiente sendo vegetariana? Ninguém estava morrendo para ser minha comida como a deles. Pelo menos era o que eu pensava. Eu literalmente não fazia ideia sobre o sofrimento que ocorre na produção de todos os laticínios”, explica.
Suas fotos pedem que as pessoas ignorem as imagens estereotipadas de animais como criaturas insensatas e insensíveis que existem apenas para serem usadas pelos humanos e os percebam como os indivíduos complexos e multifacetados que realmente são.
“Gostaria que as pessoas olhassem para os porcos do jeito que olham para os cães. Os porcos são mais inteligentes e treináveis do que cães – contudo a maioria fica aprisionada em espaços desumanamente estreitos pelo resto de suas vidas e é abusada e tratada sem nenhum respeito”, disse Fisher no Instagram.
Porcos explorados em fazendas industriais são obrigados a enfrentar procedimentos dolorosos sem anestesia e nunca têm a oportunidade de se comportar naturalmente. Em uma foto, Fisher vividamente traz suas personalidades brincalhonas à tona, dizendo: “Estes porcos que fotografei eram amigáveis e afetuosos, brincando com este galho, rolando na terra e até latindo (eu nunca os ouvi fazer isso antes)”, conta.
O trabalho de Fisher muitas vezes envolve tirar fotos de animais que tiveram a sorte de encontrar um lar em um santuário que lhes permite viver em liberdade e sem ter medo da interferência humana, segundo o One Green Planet. Os santuários com os quais ela trabalhou incluem o Rancho Relaxo, Woodstock, Lakshmi Cow Sanctuary,, Chenoa Manor e The Gentle Barn.
Nesta fotografia, tirada no Lakshmi Cow Sanctuary, localizado na Pensilvânia (EUA), só podemos imaginar o que este animal pode ter visto ou experimentado antes de ser levado para seu novo lar.
Esta bela imagem retrata uma jovem e adorável cabra chamada Ripley, que residia no Rancho Relaxo, situado em Nova Jersey, que infelizmente faleceu neste ano. Fisher se descreve como “eternamente grata por ter tido a oportunidade de fotografar sua doce alma”.
A amizade maravilhosa compartilhada por Clarabelle e Chewie (mais duas moradoras do Rancho Relaxo) é esplendidamente capturada nesta fotografia.
Este peru pensativo – que mora no Farm Sanctuary – fez Fisher refletir sobre o tratamento tenebroso enfrentado por estes animais em fazendas industriais em todo o mundo.
Na legenda para a fotografia, ela disse: “quando olho nos olhos de um animal em um santuário, sempre me pergunto o que eles viram durante sua vida. A solidão, o abuso inimaginável, as condições de vida terríveis, a agressão de outros animais aterrorizados, sendo cercados pelos mortos de sua própria espécie e a ansiedade e medo constantes. Gostaria de saber se eles se sentirão completamente seguros depois de passar por isso”.
Suas imagens procuram revelar a dignidade, a beleza e o valor dos animais abusados em fazendas.
“Muitos animais estão sofrendo agora e, por eles, não podemos ficar em silêncio. Não compartilho esse conteúdo para fazer as pessoas se sentirem mal com suas escolhas. Faço isso para educar esperançosamente aqueles que não percebem o que estão apoiando, porque antes (eu me tornei vegana) eu não tinha ideia e talvez você esteja onde eu estava naquela época. Talvez, depois de ler isso, você faça a sua própria pesquisa e decida por si mesmo se tornar vegano”, destaca a fotógrafa.