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PRECONCEITO E MISTIFICAÇÃO

Fotógrafa cria projeto para ajudar animais de pelagem preta a encontrar um lar

24 de maio de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Maggie Epling Photography

A fotógrafa e estudante universitária Maggie Epling queria passar suas férias de verão realizando atividades úteis e compassivas em prol dos mais indefesos. Ela decidiu visitar um abrigo e notou que os animais de pelagem mais escuras eram ignorados por pessoas que visitavam o local à procura de um amigo de quatro patas. Inconformada, ela decidiu que precisava usar suas habilidades como fotógrafa para mostrar a real, única e pura beleza dos animais vítimas de preconceito.

Ela conseguiu autorização dos dirigentes do abrigo, localizado em Pike, Kentucky (EUA), e fez lindos ensaios fotográficos com animais de pelagem preta. A jovem conversou com funcionários do local e confirmou que cães e gatos pretos são os que mais demoram a ser adotados, ficando atrás até mesmo dos animais deficientes. Existe uma supertição falaciosa e retrógrada que a cor preta traz azar e tem conexão com o mal, mas a única coisa que existe de ruim, nesse caso, é a maldade humana.

As fotos ficaram excelentes e foram postadas nas páginas das redes sociais do abrigo e viralizaram. Há, diariamente, dezenas de pessoas interessadas em adotar os animais e elogiando o quanto as imagens são profundamente belas e sublimes. Ela contou que o processo de realizar os ensaios consistiu em Maggie passar alguns dias com os modelos para conhecer a personalidade de cada um e entender quais seriam os melhores ângulos e a iluminação adequada.

Ela ficou surpresa com o quanto os animais, muitos deles com histórias de maus-tratos e abandono, são dóceis, sensíveis e muito carentes. Eles têm muito amor a oferecer. O fato desses animais serem preteridos recebeu o nome de “síndrome do cachorro preto”. Quando um animal de pelagem mais escura dá entrada no abrigo, os funcionários já temem que eles demorem a encontrar um lar ou que, talvez, nunca encontrem uma família.

Felizmente, com iniciativas como a de Maggie Epling, essa mudança de consciência é possíveis.

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