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Foto de tigre drogado revela crueldade por trás da exploração de animais para entretenimento

14 de agosto de 2018
2 min. de leitura
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O fotógrafo da vida selvagem Paul Hilton compartilhou na semana passada em sua conta do Instagram uma imagem que levou muitas pessoas à reflexão. Nela, um tigre aparecia completamente dopado, enquanto várias pessoas se debruçavam sobre ele. O momento capturado não é algo tão incomum na China; ele era apenas um dos inúmeros animais usados para atrair multidões (e lucros) em uma feira.

Reprodução | One Green Planet

Nos dias de hoje, os grandes felinos, fortes e majestosos, estão sendo cada vez mais reduzidos a meras mercadorias ou a animais domésticos. De acordo com o portal One Green Planet, há mais tigres nos quintais dos EUA ou em ‘fazendas de tigres’ do que livres na natureza. Acredita-se que cerca de 3.200 tigres ainda vivam a vida selvagem – como todos deveriam ter a possibilidade de viver.

Só na China, há cerca de 200 fazendas de tigres de reprodução. Muitas delas possuem vinícolas para convenientemente fazer “vinho de osso de tigre”. É uma crença popular da região que a bebida feita a partir dos ossos do tigre é um “afrodisíaco natural”. Além disso, as peles são vendidas para empresários ou simplesmente para bilionários.

A existência destas fazendas cria e perpetua a noção de que matar tigres e vender partes de seus cadáveres em troca de dinheiro é aceitável. Desta forma, os caçadores e o comércio ilegal de animais silvestres como um todo têm uma lucrativa parte no mercado – especialmente porque as partes do tigre tendem a ser as mais caras.

Instalações responsáveis pela criação de animais explorados no comércio ilegal, geralmente se escondem como safáris ou santuários – e na verdade são pouco diferentes das operações de criação de gado, onde os filhotes são levados imediatamente de suas mães após o nascimento. Os filhotes então podem ser explorados como ‘adereços’ em ‘selfies’, e as mães podem engravidar novamente o mais rápido possível.

No caso de tigres adultos, eles também podem ser usados como adornos e enfeites, mas para isso eles precisam ser severamente abusados ​​e drogados – como é o caso do tigre que aparece na foto divulgada por Hilton.

Uma maneira de impedir que este tipo de mercado continue em alta, é parar de compartilhar ou publicar imagens nas redes sociais que envolvam animais selvagens, sejam elas ‘selfies’ ou não. Esta é uma das indicações dadas pelas organizações Save Wild Tigers e Panthera, que estão lutando diariamente para proteger e preservar os tigres do mundo.

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