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Foto de menino de sete anos segurando corpo de um wallaby morto simboliza tragédia na Austrália

10 de janeiro de 2020
4 min. de leitura
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Mathew de 7 anos segurando o wallaby morto | Foto: Tim Faulkner/Facebook
Mathew de 7 anos segurando o wallaby morto | Foto: Tim Faulkner/Facebook

Um especialista em vida selvagem compartilhou uma imagem comovente de seu filho segurando um canguru morto para destacar a gravidade da crise da seca e os incêndios na Austrália.

Tim Faulkner tirou a fotografia de seu filho Matthew, de sete anos, durante uma viagem de acampamento em Barrington Tops, na região de Hunter, em Nova Gales do Sul, na terça-feira (07).

O Sr. Faulkner, da ONG de proteção animal, Aussie Ark, Arca Australiana, e sua família haviam providenciado comida para cangurus ameaçados de extinção, mas quando voltaram encontraram uma cena horrível.

“Acabei me sentindo como se estivesse mostrando ao meu filho seu futuro”, escreveu Faulkner em sua página no Facebook.

Mathew deixandp alimento para a vida selvagem australiana | Foto: Tim Faulkner/Facebook
Mathew deixandp alimento para a vida selvagem australiana | Foto: Tim Faulkner/Facebook

“Matthew pegou no colo o canguru morto, encontrado perto de uma poça de água barrenta.

“A fumaça se eleva do fogo selvagem no fundo e ele diz: ‘Eles estão todos morrendo, não estão papai?’. Eu disse a ele que era o trabalho dele salvar o mundo, era o melhor que eu podia fazer naquela hora”.

Faulkner usou o post para ajudar na conscientização sobre a terrível situação que o canguru nativo estava enfrentando.

Enquanto estava no local, Faulkner e seu filho serviram comida para a vida selvagem local e disseram que a presença de excrementos de animais ao redor da área também é um sinal positivo.

Também foram montadas câmeras de trilha ao redor da área para capturar animais silvestres e ajudar a avaliar quantas ainda estão frequentando a fonte de alimento.

Mathew também ajuda com as câmeras que seu pai usa para analisar o movimento da vida selvagem na região | Foto: Tim Faulkner/Facebook
Mathew também ajuda com as câmeras que seu pai usa para analisar o movimento da vida selvagem na região | Foto: Tim Faulkner/Facebook

A dupla encontrou vários outros cangurus mortos a caminho de casa, aqueles que se aproximaram das estradas para fugir do fogo antes de serem atingidos por carros.

“Enquanto o fogo continua devastando a Austrália, a Aussie Ark continuará monitorando, suplementando a alimentação e intervindo sempre que necessário junto aos animais”, disse Faulkner.

“Continuamos comprometidos com a causa, agora e até que a ameaça seja clara”.

Faulkner está levantando dinheiro para ajudar a fauna nativa ameaçada através da ONG.

Seu post mexeu com a emoção dos usuários de mídias sociais, com muitos dizendo que a imagem os deixou de coração partido.

Animais comendo o alimento deixado por Mathew e seu pai | Foto: Tim Faulkner/Facebook
Animais comendo o alimento deixado por Mathew e seu pai | Foto: Tim Faulkner/Facebook

“Desolador, devastador, me sinto tão impotente para impedir isso tudo”, escreveu um usuário.

“É comovente ver toda a devastação que os incêndios estão causando à nossa vida selvagem”, acrescentou outro.

“As casas desses pobres animais foram queimadas junto com o suprimento de alimentos e é tão comovente ver que agora os humanos os estão matando nas estradas”, acrescentou outro.

Animais selvagens mortos, incluindo cangurus e coalas, foram vistos mortos nas estradas.

O professor Chris Dickman, da Universidade de Sydney, estimou que 480 milhões de animais foram mortos desde o início dos incêndios em Nova Gales do Sul – mas acrescenta que “a verdadeira perda de vida animal provavelmente será muito maior”.

A universidade afirmou em comunicado em 3 de janeiro: “Os autores (do estudo) deliberadamente empregaram estimativas altamente conservadoras para fazer seus cálculos”.

“A verdadeira mortalidade provavelmente será substancialmente mais alta do que a estimada”.

Os incêndios florestais, que começaram meses antes da temporada típica para esses eventos na Austrália, também já mataram 25 pessoas e destruíram 2.000 casas. As informações são do Daily Mail.

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