Zeus é uma morsa atualmente mantida em cativeiro em Marineland no Canadá. Recentemente, a organização em defesa dos animais Oceanic Preservation Society compartilhou em seu Instagram uma imagem muito simbólica de todos os maus-tratos e negligência a que animais explorados para entretenimento são submetidos.
Nela, a exoressão no rosto de Zeus declara que ele está claramente sofrendo e enfrenta problemas de saúde. Ele está magro e curvado, deprimido e letárgico, mas ainda é forçado a se apresentar diante de uma multidão para que os donos do parque não diminuam o lucro com a venda de ingressos.
Graças a filmes reveladores como o Blackfish e o incansável trabalho de ativistas, o público se tornou mais consciente das atrocidades que ocorrem regularmente em parques marinhos como o SeaWorld e o Loro Parque. E embora golfinhos e orcas tendam a receber mais atenção da mídia e de campanhas para acabar com a exploração e esvaziar os tanques de parques marinhos, outros animais como as morsas também passam pelos mesmos abusos em cativeiro.
Estes animais são sequestrados da natureza ou já nascem irresponsavelmente em cativeiro – e são arrancados de suas mães logo após o nascimento. Notavelmente inteligentes e sensíveis, eles são reduzidos a meros objetos, forçados a realizar truques artificiais diante de multidões desagradáveis em troca de comida. Sua casa é pouco mais do que o equivalente a uma banheira para nós, e a angústia psicológica pesa profundamente nesses animais enclausurados.
O estresse é tanto que cientistas descobriram um distúrbio, conhecido como zoocose, que é comum e característico de animais que vivem em zoos, circos, parques marinhos e afins. Eles exibem comportamento compulsivo, muitas vezes perigoso, como andar de um lado para o outro, andar de cabeça para baixo, morder, se machucar e até mesmo tentativas de suicídio.
As melhores coisas a serem feitas para ajudar que essa mudança necessária a esses animais seja alcançada, um bom começo é nunca comprar um bilhete para uma dessas atrações. Além disso, conscientizar os seus amigos, familiares e colegas é uma boa maneira de contribuir. Muitas pessoas ainda não sabem do sofrimento e do abuso que ocorrem nesses lugares horríveis.