Uma equipe de cientistas encontrou em uma mina da Colômbia o fóssil que pode ter sido da maior cobra do mundo. O fóssil, de 60 milhões de anos, tem 13 metros de comprimento e pesa mais de uma tonelada, segundo o Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais, sediado no Panamá.
Os pesquisadores encontraram os ossos do vertebrado em uma mina de carvão de Cerrejón, na Guajira colombiana (nordeste), uma área que há 60 milhões de anos era uma floresta tropical chuvosa.
O pesquisador Carlos Jaramillo, do Smithsonian, e Jonathan Bloch, curador de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural da Universidade da Flórida, coorganizaram diferentes escavações na Colômbia, que desenterraram os restos fósseis de uma nova espécie, chamada de Titanoboa cerrejonensis“.
Durante meses, o grupo encontrou diferentes tipos de fósseis, até chegar à conclusão de que se tratava de uma serpente.
Descoberta histórica
“A descoberta da Titanoboa põe à prova nossos conhecimentos sobre os climas no passado e nos ambientes, assim como as limitações biológicas sobre a evolução das cobras gigantes”, disse Jason Head, pesquisador associado do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos, subordinado ao Smithsonian, e principal autor do artigo sobre a descoberta, que a revista “Nature” publica nesta quinta-feira.
“Isso mostra toda a informação que se pode conseguir sobre a história da Terra, recorrendo ao registro de um réptil em seu estado fóssil”, completou Head.
Para calcular o tamanho e o peso do ofídio, Head e David Polly, professor associado de Geociências na Universidade de Indiana, basearam seus cálculos no raio entre o tamanho das vértebras e o tamanho das cobras existentes hoje.
Os cientistas também encontraram ossos fossilizados de crocodilos e tartarugas, presas desse tipo de serpente naquela época.
O tamanho da Titanoboa indica que o animal viveu em um ambiente com temperatura média anual era de 30ºC e 34ºC.
Até hoje, a maior serpente do mundo tinha cerca de 10 metros, e a mais pesada era uma píton de 183 kg, de acordo com o Smithsonian.
Fonte: Folha Online e Jornal Dia Dia