Por Marcela Couto (da Redação)
Os líderes de um programa para proteção de espécies ameaçadas da ONU acusaram as forças de segurança do Zimbábue de praticarem caça de elefantes e rinocerontes no país.
A denúncia foi feita na quinta-feira, 11, durante uma conferência em Harare. Na ocasião, o secretário geral da Convenção Internacional de Espécies Ameaçadas, Willem Wijnstekers, disse que as forças de segurança mataram aproximadamente 200 rinocerontes nos últimos dois anos, deixando o animal em risco de extinção. Ele não citou números para o caso dos elefantes.
“Agora o governo do Zimbábue será questionado, para saber se estão desempenhando esforços suficientes para proteger a vida selvagem do país”, disse Wijnstekers.
O secretário, que está investigando os fatos no país, disse que se encontrou com o Primeiro Ministro Morgan Tsvangirai.
“Ele se mostrou preocupado, disse que os agentes de segurança responsáveis deverão enfrentar a lei e que serão presos se o problema realmente estiver ocorrendo,” revelou.
A ministra do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Francis Nhema, também parece preocupada com a questão. “Há uma percepção mundial de que as leis no Zimbábue não funcionam e não há fiscalização”, disse Nhema, acrescentando que veículos especiais e helicópteros são necessários para rastrear os caçadores ilegais.
O presidente Robert Mugabe, que governa o país desde 1980, é acusado de comprar a lealdade das forças de segurança, permitindo que eles se envolvam em atividades criminosas, para então usá-los para abafar disputas políticas do Zimbábue.
Com informações de Los Angeles Times