Acham-se vários tipos de animais em Maringá (PR). Desde corujas e urubus dentro de churrasqueiras a uma família de cascavéis em entrada rural. Ano passado, a Polícia Ambiental-Força Verde capturou ao menos 150 animais nos 27 municípios de atuação. Só em Maringá foram cem – média de um a cada três dias.
Dentre os animais capturados, os policiais recolheram 40 cobras, a maioria não venenosa, que apareceram em propriedades rurais, chácaras, quintais, empresas e escolas. O número é 50% maior que há 3 anos, quando o volume anual de apreensões não passava de 25. Em períodos de seca e queimadas, a incidência de animais na área urbana é ainda maior.
As cascavéis capturadas na Estrada 200 encabeçam a lista dos mais perigosos. As três serpentes estavam acomodadas sob uma pedra localizada em uma propriedade rural. As cobras estavam próximas ao maquinário do agricultor, que começaria a remoção das pedras para o plantio de soja.
Logo que percebeu a presença das peçonhentas, o produtor ligou para a Força Verde. Dois policiais foram ao local e encontraram três serpentes – um adulto e dois filhotes. A família foi capturada com um equipamento confeccionado com madeira, arame e corda e depois solta em áreas de pastagens.
Cobras em escolas
Em setembro, uma cobra coral foi encontrada, de manhã, dentro da caixa de energia de uma empresa de bebidas, na saída para Paranavaí. O policial que atendeu a ocorrência não especificou no relatório se a cobra era venenosa.
Trinta dias depois, o chamado veio da Escola Municipal Professor José Aniceto, na Zona 6. Uma cobra – também não identificada – apareceu no pátio do colégio. Em novembro, um aluno do período noturno do Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, na Zona 5, apareceu na escola com um filhote de cobra-dormideira dentro de um pote de vidro. O garoto contou aos coordenadores que encontrou a réptil na Avenida Brasil.
A cobra-dormideira não é venenosa e, a exemplo das inofensivas, é de pequeno porte, medindo até 40 centímetros de comprimento. As cobras não venenosas geralmente se encondem em canos de água e vasos sanitários. Mas há exceções: uma delas foi encontrada dentro de um guarda-roupas em uma casa de Sarandi. Para evitar sustos, Silva recomenda que os moradores mantenham os quintais limpos e coloquem telas nas saídas da rede de esgoto.
Já em Paiçandu, a situação foi grave. Um jovem de 23 anos foi picado por uma cobra que se escondia no quintal da casa, no Jardim Itaipu. A cobra estava sob tábuas empilhadas no quintal. Um alerta para quem acumula madeiras e entulhos no canto do jardim, que podem se tornar esconderijos para estes animais. “Elas se acomodam em lugares aquecidos e onde se sintam seguras”, conta o soldado.
Urubu em escritório
Um urubu foi encontrado dentro de um escritório na Rua Néo Alves Martins, Centro da cidade. A suspeita é que a ave tenha entrado na sala no fim do expediente, sem ninguém perceber, e encontrada no dia seguinte, pela manhã, por um funcionário.
A ave é comum na zona urbana, próxima a aterros sanitários. Outro urubu foi flagrado por um morador quando tentava fazer um ninho dentro da churrasqueira na Avenida Gastão Vidigal.
Ratão dentro do quarto
Policiais também encontraram um ratão-do-banhado que pesava cerca de 7 quilos dentro de uma casa no Parque das Grevíleas. O roedor saiu de um bueiro, atravessou o portão e entrou na residência. A proprietária trancou o animal dentro de um quarto. O ratão foi capturado com uma espécie de rede e solto em uma reserva florestal.
Gaviões atropelados e ouriços medrosos também foram capturados no ano passado em Maringá. Dois ouriços foram encontrados no Residencial Quinta do Sol e outro no Parque da Gávea. Os gaviões feridos, normalmente por atropelamento, brigas entre a espécie e lesões por pedradas, são recolhidos e levados para a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o Cesumar, onde são tratados e depois libertados.
Balanço
Acidentes com cobras em 2010 em Maringá:
4 cobras-dormideiras
3 falsa coral
1 cobra-cega
1 cascavel (única venenosa da lista)
Com informações de O Diário